A falta de chuva prejudica a agricultura em Santa Cruz do Sul. Após dez dias, choveu 15,6 milímetros na madrugada do último sábado, conforme a Defesa Civil. O volume é baixo e não é suficiente para eliminar a seca. O verão começou nessa terça-feira e a MetSul alerta para um quadro de estiagem entre moderada e forte durante a estação.
A principal cultura afetada até o momento é o milho, conforme o técnico em agropecuária da Emater/RS-Ascar, Vilson Pitton. As perdas são maiores para quem plantou em setembro. Porém, Pitton ressalta que o milho é de pouca representatividade em Santa Cruz, com cerca de 1 mil hectares plantados.
Com relação ao hortifruti, Pitton acredita que não foram registradas perdas consideráveis, já que a maioria dos produtores trabalha com bloqueadores solares e sistema de irrigação.
Nas lavouras de tabaco, folhas secas podem ser observadas. O gerente técnico da Afubra, Paulo Vicente Ogliari, explica que números poderão ser repassados somente no início da comercialização, em janeiro. “Haverá perdas, mas não temos como estimar o volume. As folhas queimadas
interferem na qualidade do produto”, observa.
Ogliari salienta o prejuízo para quem ainda não realizou o plantio da soja. Com falta de umidade no solo, os produtores terão que aguardar. “A questão climática deve afetar o desenvolvimento das plantas e afetar o volume colhido no fim da safra”, alerta.
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