O cultivo de morangos tem se mostrado como uma alternativa de renda para os agricultores familiares de Candelária. Eles têm buscado apoio e orientação técnica com os extensionistas rurais da Emater/RS-Ascar, como é o caso do agricultor Everson Ricardo Machado. Residente na localidade da Sesmaria do Pinhal, ainda no mês de abril, foi realizada uma demonstração técnica na propriedade da família Machado, com o intuito de orientar sobre o cultivo de morangos em sistema semi-hidropônico.
A produção de morangos nesse sistema se diferencia do convencional, ou seja, do cultivo em solo. Esse sistema utiliza estrutura de ambiente protegido (estufa alta), bancadas, substrato, fertirrigação e outros equipamentos como moto-bomba, uma balança de pesagem dos nutrientes para compor a solução nutritiva que será fornecida à cultura, reservatórios de água para preparar a solução nutritiva e para irrigar o sistema, um condutivímetro para medir a condutividade elétrica da solução e um medidor de pH. “Além disso, é um sistema que utiliza um valor reduzido de agroquímicos, o que garante a obtenção de frutas de alta qualidade para o mercado consumidor”, explica o engenheiro agrônomo da Emater/RS-Ascar, Vagner João Moro.
Na visita, o produtor recebeu orientações dos extensionistas Carini Paschoal de Souza, Adriano Roque de Gasperin e Vagner João Moro, que orientaram o produtor sobre como formular a solução nutritiva para morango cultivado em sistema semi-hidropônico. Para isso, o produtor adquiriu os nutrientes separadamente e através da orientação dos técnicos, foram realizados os cálculos e preparadas as misturas para atender a demanda nutricional da cultura. “Tenho buscado informação na Emater para o cultivo do morango porque é preciso conhecer a técnica para obter um bom resultado, tanto em produtividade quanto econômico”, afirma Everson.
Publicidade
Como o sistema de cultivo semi-hidropônico utiliza o substrato ao invés de solo, o produtor tem que fornecer água e nutrientes às plantas através do sistema de fertirrigação. A frequência de irrigação para aplicação de nutrientes varia conforme a cultura. Também é preciso ter cuidado com a qualidade da água utilizada da solução nutritiva na irrigação, pois a água de baixa qualidade pode causar toxicidade às plantas, e se for suja, prejudicará o sistema de irrigação, que é bastante sensível a partículas minerais e orgânicas.
Nos últimos anos foi observado o aumentado na procura por informações sobre o cultivo do morango no município de Candelária por parte dos agricultores. “É fundamental que se busque informação técnica antes de iniciar com a atividade, pois o morango é uma das espécies sensíveis a pragas e doenças e exigente em práticas culturais desde o plantio até a pós-colheita. Esta suscetibilidade faz com que produtores apliquem agroquímicos de forma muito intensa para obter frutas de boa aparência, no entanto, isso pode limitar o produto ao mercado pela presença de resíduos, além dos danos ao ambiente e à saúde do produtor e do consumidor. Desta forma, surgem opções de sistemas alternativos de produção, como é o caso do sistema semi-hidropônico”, ressalta Moro.
É, segundo Moro, uma alternativa importante de diversificação na propriedade, para a qual devem ser seguidas estritamente as orientações técnicas com o intuito de obter um produto de qualidade e em acordo com a legislação vigente, bem como atendendo aos requisitos de um mercado sempre mais exigente.
Publicidade
A Emater/RS-Ascar de Candelária, através de seus técnicos de campo, vem disponibilizando, desde 2014, informações sobre produtos e processos relativos à cadeia produtiva do morango em sistema semi-hidropônico para que produtores obtenham a máxima qualidade e rentabilidade de sua atividade produtiva.
This website uses cookies.