Sai ano, entra ano, algumas coisas até mudam (para melhor ou mesmo pior), mas muitas permanecem mais ou menos iguais (tanto no sentido considerado positivo quanto negativo). É o que se observa, enquanto caminhante diário em nossa cidade e nossas ruas, no tocante às nossas atitudes perante o próximo e o ambiente em que nos inserimos.
Há os que se preocupam em serem gentis com quem caminha ao lado, assim como há os que quase ignoram a todos e a tudo, ensimesmados em suas preocupações e pensamentos, muitos dominados pelo modernismo e pela droga atual dos celulares onipresentes. Há quem dirige com cuidado e respeito aos outros, assim como quem mostra impaciência, irritação, suposta superioridade e quer levar vantagem de um jeito ou de outro.
Vê-se nas ruas quem limpa e faz questão de colocar qualquer lixo no devido lugar, e separado para facilitar a reciclagem, mesmo que ainda faltem muitos dispositivos adequados. Ao mesmo tempo, observam-se não poucos que simplesmente não têm tempo, ou acham desgastante e até indigno varrer suas calçadas, ou juntar algum lixo para o devido destino, e os que não têm olhos para qualquer resíduo, largando-o ao Deus dará ou caminhando sobre ele, sem se importar.
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Existem os que zelam pelos passeios públicos, na parte que lhes cabe, deixando-os sempre em boas condições de passagem, sem riscos de chutar pedaços de calçadas desniveladas ou soltas. Ao mesmo tempo, existem os que deixam esses espaços calçados justamente desnivelados, quebrados e soltos, sem qualquer preocupação ou empatia com quem ali passa, quando não há cobertura alguma. E isso ocorre mesmo em pontos de responsabilidade oficial.
Há, nesses mesmos espaços, uma boa parcela que continua a zelar pelas árvores, que mostram toda sua utilidade ao vivermos em pleno verão escaldante e sempre são importantes para mantermos um ar mais puro e um ambiente mais agradável. Mas há também, e não é pouca gente, que acha a vegetação um estorvo, um perigo, até um inimigo a ser combatido, ao invés de manejado e incorporado à nossa vida, por tudo que nos proporciona e beneficia, o que se faz quando se tem um outro olhar (mais natural…), exatamente para a natureza.
Observam-se também bons exemplos de quem sabe preservar (no todo ou pelo menos em parte) construções belas, sólidas e representativas de nossa história, que enriquecem a nossa paisagem. Por outro lado, notam-se muitos casos em que elas não recebem o devido valor, são destruídas e atropeladas pelas modernidades, modismos e mesmices muitas vezes sem graça, e tantas vezes acompanhadas da retirada da vegetação, também histórica, que na sua visão “atrapalha” e é substituída por algumas folhagens de enfeite, que deem a mínima manutenção.
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São muitas as atitudes que merecem ser melhor avaliadas em nosso dia a dia, na relação com todos e tudo o que está ao nosso redor, para que possam receber o melhor tratamento possível. Ninguém é perfeito e acerta tudo, mas alguns aspectos requerem de cada de um de nós uma ação mais respeitosa com as pessoas e o ambiente que habitamos. Não adianta termos soluções e críticas para o país e o mundo, se não soubermos conviver com mais atenção ao que está ao nosso lado. É aqui que precisamos e podemos fazer a diferença.
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