Segundo dados do IBGE em 2022, a expectativa de vida da população masculina é de 72,2 anos, enquanto a da feminina atingiu 79,3. No Brasil, a mortalidade de homens é maior em quase todas as faixas etárias, devido à falta de políticas públicas focadas neles. Além disso, o preconceito e a ignorância por parte dos próprios pacientes são causas de morte ou complicações prematuras. Pesquisa realizada pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) aponta que 30% das meninas já iam a consultas médicas, contra 1% dos meninos na faixa etária de 12 a 18 anos.
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Segundo o Ministério da Saúde, em idade adulta, 31% dos homens não costumam se consultar e, destes, 55% afirmam não ser necessário ir ao médico. O urologista Eduardo Bauer Gröhs explica que, em razão dessa negligência, diversas doenças podem surgir sem que sejam descobertas, justamente porque muitos homens não realizam os exames regulares e, em consequência, estas doenças deixam de ser tratadas corretamente.
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Sem ir ao médico não se descobre uma enfermidade. Sem o tratamento precoce, a possibilidade de óbito aumenta consideravelmente. Por conta disso, os profissionais da saúde orientam que as consultas devem acontecer de dois em dois anos, ou conforme necessário, por orientação médica. Segundo Gröhs, o médico especialista que mais se aproxima do que “seria um ginecologista masculino” é o urologista. “A avaliação desse profissional não se restringe ao exame de próstata e ao popular e “temido” toque. É de extrema importância que ele faça uma avaliação global da saúde do paciente para identificar as necessidades e orientar os homens para que busquem alternativas que visem uma melhora de sua saúde”, destaca.
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Assunto cada vez mais divulgado e que desperta a atenção dos homens, é importante caracterizar bem a diferença do uso de testosterona como reposição hormonal e o uso com outras finalidades. No caso da reposição hormonal, o objetivo é repor, através de medicamentos, a necessidade do corpo, que passou a produzir uma quantidade insuficiente de hormônios e não voltará a produzir de forma natural. “O uso para aqueles indivíduos sem necessidade, ou acima da quantidade de testosterona adequada, não é uma reposição hormonal. Isso vale para o uso de anabolizantes ou outras substâncias proibidas e perigosas”, alerta o médico.
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Existem algumas opções para reposição de testosterona em pessoas com deficiência diagnosticada pelo médico. Entre as possibilidades disponíveis, há as injetáveis, as de uso tópico em formulação gel e implantes. “O mais importante é o indivíduo consultar e ser adequadamente avaliado por um médico que entenda do assunto, porque existem algumas consequências para o uso inadequado e inadvertido de hormônios”, complementa Gröhs.
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Os homens, a exemplo das mulheres, também reduzem a produção de hormônios com a idade. Mais da metade dos homens brasileiros não sabe o que é andropausa e 51% deles nunca foi ao urologista, aponta pesquisa realizada pela Bayer, em parceria com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). “Portanto, metade da população masculina pode sofrer com essa queda de testosterona, que se reflete na sua saúde e na interatividade com outras pessoas ou na vida conjugal”, destaca o médico urologista.
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Eduardo Bauer Gröhs ainda explica que aquele cansaço, a depressão e alterações no humor podem ser, sim, uma baixa no hormônio masculino, tecnicamente denominado de Deficiência Androgênica do Envelhecimento Masculino (DAEM), que pode acontecer, normalmente, depois dos 40 anos. Para resolver isso, ele acrescenta, é necessário procurar um médico e avaliar se a saúde está em dia.
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