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Rio Pardo

Cuidado com acervo do Museu Barão de Santo Ângelo gera polêmica

Moedas, medalhas, roupas, móveis, quadros, armas e outros objetos carregados de história, sendo transportados sob chuva e jogados entre goteiras. É assim que moradores de Rio Pardo relatam a forma como o acervo do Museu Barão de Santo Ângelo retornou ao Solar Almirante Alexandrino há alguns dias. Depois de o restauro da casa mais antiga da Cidade Histórica ter sido concluído, há cerca de um mês, quem vê o prédio do lado de fora já percebe alguns sinais de infiltração. O principal problema, no entanto, estaria lá dentro, trancado por um cadeado na porta.

Antes de o Solar ficar inacessível, a coordenadora do museu, Aida Ferreira, foi até o local durante três dias seguidos e encontrou as peças acomodadas em más condições. “Elas estão em um único cômodo, sem qualquer tipo de cuidado”, afirmou. Tanto o transporte para o depósito em que ficaram durante a reforma quanto o retorno ao museu foram realizados por funcionários vinculados à Secretaria de Obras, enquanto Aida estava de férias. Assim, ela não pôde fazer um controle dos itens que saíram e voltaram.

A comunidade registrou a volta do acervo por meio de fotos e vídeos e publicou em redes sociais, demonstrando indignação com o ocorrido. “Eu luto contra o descaso com o museu há mais de 20 anos e até então estava driblando as más condições do prédio, mas agora eu perdi o acesso”, lamentou.

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Por enquanto, a coordenadora do museu está atuando na Capela São Francisco e aguarda o retorno de todas as peças e um comunicado da Secretaria de Turismo para voltar ao trabalho. “É preciso verificar o que ainda tem condições de ser exposto novamente”, explicou. Segundo Aida, o acervo é referência na cidade e atrai visitantes de todo o Estado e até de fora do Brasil, já que Rio Pardo é uma das quatro cidades gaúchas mais antigas.

Contraponto

Segundo o secretário de Obras, Luiz André Granada da Silva, o transporte do acervo do museu de volta ao Solar Almirante Alexandrino está sendo feito aos poucos. Ele afirma que em nenhum momento os objetos foram carregados sob chuva até o local. “Em um dos dias, quando estávamos terminando de trazer alguns móveis, começou a chover, mas não chegou a molhar nada”, garantiu.

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Sobre as goteiras, Silva explica que ainda há infiltrações, por causa do tipo de telha que cobre o prédio. Para conter esse problema, o secretário pretende colocar uma manta sob o telhado. “É preciso ter paciência”, frisou. Por enquanto, segundo ele, os itens estão em cômodos onde não há presença de goteiras. A ideia é que o museu seja reaberto no próximo mês.

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