Os associados do Centro de Tradições Gaúchas (CTG) Tropeiro Velho, de Sinimbu, buscam parceiros e apoio para reconstruir a sede da entidade, localizada em Alto Sinimbu e parcialmente destruída pela enxurrada que devastou o município em 30 de abril. Além dos extensos danos estruturais, foram perdidos geladeiras, freezers, utensílios de cozinha, mesas, cadeiras e muitos outros itens necessários para a retomada das atividades. Durante quatro meses, o acesso ao local ficou comprometido em razão da queda de pontes e bloqueio de estradas.
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Em função disso, conforme a associada Karin Knod, a diretoria e os demais integrantes direcionaram os esforços para prestar assistência à comunidade sinimbuense, em vez de priorizar a reconstrução da edificação. Segundo ela, essa decisão foi uma demonstração do compromisso social da entidade. “Perdemos muito. O galpão foi gravemente danificado e os materiais que tínhamos desapareceram com a força da água, mas sabíamos que o momento não era de pensar em nossa sede e sim de ajudar aqueles que perderam suas casas e meios de sustento”, afirma.
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Ainda em maio, o Tropeiro Velho recebeu doações de entidades tradicionalistas parceiras, como o CTG Velha Querência, de Cuiabá, e o CTG Querência Xucra, de Tucunduva. Os donativos, contudo, foram repassados ao Hospital Sinimbu e à Prefeitura, que se encarregaram de fazer a distribuição às famílias mais necessitadas.
Em junho, um convênio com a Prefeitura de Canarana, município do Mato Grosso, possibilitou a captação de R$ 50 mil. “Agradecemos imensamente pelo aporte. Ele permitiu que ampliássemos nossa atuação e ajudássemos não só Sinimbu, mas outros municípios vizinhos”, acrescenta Karin.
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As cestas básicas foram entregues com ajuda dos integrantes de outros CTGs dos locais afetados e o apoio do poder público. “Fizemos um levantamento detalhado com o apoio do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) para entender o que essas pessoas precisavam, considerando aquelas que receberam pouco ou nenhum auxílio até então.” Os itens mais solicitados foram materiais de construção e fornos elétricos. Ao todo, 144 famílias foram beneficiadas.
A partir de agora, com a situação de Sinimbu voltando à normalidade aos poucos, o foco passa a ser a reconstrução da sede e retomada das atividades no longo prazo. Mas a tarefa é desafiadora em função dos estragos, o que dificulta a realização de eventos para angariar fundos. Ainda assim, patronagem e associados estão confiantes. “Com o mesmo espírito de união e solidariedade que demonstramos até agora, vamos conseguir reerguer o Tropeiro Velho”, enfatiza Karin Knod.
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