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Cristiano Ronaldo é eleito melhor do mundo e ‘cola’ em Messi na premiação da Fifa

Cristiano Ronaldo venceu o troféu de melhor jogador de 2016, coroando um ano perfeito com a conquista da Liga dos Campeões, Eurocopa e Mundial de Clubes. O português, com seu quarto título individual, ainda se aproximou do recorde de Lionel Messi, de cinco troféus, e manda um recado: não vai descansar enquanto não desbancar o argentino. “As pessoas não são cegas”, disse.

Mas a festa teve um gosto amargo, com toda a delegação do Barcelona boicotando o evento. O argentino Messi, o uruguaio Suárez e outros premiados anularam sua participação na festa, que foi do Real Madrid. Grande astro da equipe merengue, Cristiano Ronaldo superou Messi e o francês Griezmann (do Atlético de Madrid), outros dois finalistas ao grande prêmio da cerimônia.

Oficialmente, o time catalão usou o argumento de que precisava se preparar para a partida de quarta-feira contra o Athletic Bilbao, pela Copa do Rei. Mas foi uma atitude de protesto dos jogadores, liderados por Piqué, contra os dirigentes do clube, contra a arbitragem na Espanha e um suposto favorecimento ao Real. O boicote criou um mal-estar para a Fifa, que queria usar o evento para marcar o fim das polêmicas. 

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O comportamento do Barça foi duramente criticado. “É uma tremenda falta de respeito”, disse Roberto Carlos, ex-jogador do Real. “Messi teria de entender que deveria estar aqui. O Real também tem jogo nesta semana. As obrigações profissionais são as mesmas”, disse. Para o brasileiro, está “claríssimo que hoje o Real é o melhor do mundo”. 

Com 31 anos, Cristiano Ronaldo já havia recebido o troféu em 2008, 2013 e 2014, mas também chegou a abandonar Messi sozinho na premiação de 2011. Naquele momento, Mourinho era treinador do Real e apoiou o boicote. E, ao ser eleito o melhor do mundo pela quarta vez, o português também superou o ex-atacante brasileiro Ronaldo, que faturou a honraria de maior jogador do planeta em 1996, 1997 e 2002.

Nesta segunda-feira, foi a vez de o português fazer a festa. “É uma grande satisfação. Tivemos uma temporada incrível”, disse o astro. “Agradeço aos meus companheiros, minha família e digo que 2016 foi o melhor ano da minha carreira. Existiam dúvidas, mas as pessoas não são cegas. Depois do que eu ganhei no clube e na seleção, sabia que poderia ganhar esse título”, insistiu. “Os prêmios falam por si só”, afirmou, lamentando a ausência dos jogadores do Barcelona.

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A ausência do Barça ainda criou um mal-estar quando a Fifa anunciou a seleção do mundo. Quatro dos jogadores eram do clube catalão: Messi, Iniesta, Piqué e Suárez. Iniesta enviou uma mensagem por vídeo, “se desculpando por não estar na gala por uma partida transcendental”. Mas, no palco, o time incompleto chamava a atenção. A seleção ainda contou com Modric, Manuel Neuer, Sergio Ramos, Marcelo, Daniel Alves e Kroos. 

Levou ainda o prêmio de melhor treinador o italiano Claudio Ranieri, que conduziu o Leicester City ao título na Inglaterra. Ele bateu Fernando Santos, que conquistou a Eurocopa com Portugal, e Zinedine Zidane, do Real Madrid, atual campeão europeu de clubes. Entre as mulheres, a vencedora foi Silvia Neider, da Alemanha. 

Resgate

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A festa também foi amplamente usada pelo presidente da Fifa, Gianni Infantino, para mostrar ao mundo que alguns dos maiores jogadores estavam ao seu lado e tentar apagar os meses de crise na entidade. Foram pelo menos 20 grandes nomes do esporte convocados à festa, para jogos amistosos e mesmo para distribuir autógrafos. 

Um deles foi o brasileiro Ronaldo, que usou a oportunidade para elogiar a Fifa, indicando que era “importante ver o comportamento da entidade, colocando os jogadores como protagonistas e não os escândalos de corrupção”. Ronaldo fez parte do Comitê Organizador da Copa de 2014, permeada de escândalos. 

Mas o grande trunfo de Infantino foi Diego Maradona, que por anos acusou a Fifa de “mafiosa” e corrupta. Sua presença era vendida como a “prova” de que a página de escândalos tinha sido virada. “Queremos ajudar a fazer uma Fifa transparente, purista e limpa. É o que o mundo quer”, declarou. “O futebol tão corrupto precisa acabar”, defendeu, sentando na primeira fila da festa. Também coube ao argentino entregar o prêmio ao melhor treinador. 

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Logo antes da eleição na Fifa, quando Michel Platini ainda era candidato ao comando da entidade, Maradona chegou a acusar o francês de “saber roubar como Blatter”. Agora, ele é o cabo eleitoral das propostas de Infantino, o ex-braço-direito de Platini. “Depois de tudo o que roubaram e de toda a corrupção, é bom ver caras novas”, disse Maradona. “É incrível ver quantos craques estão aqui. O futebol voltou”, completou Infantino.

Naiara Silveira

Jornalista formada pela Universidade de Santa Cruz do Sul em 2019, atuo no Portal Gaz desde 2016, tendo passado pelos cargos de estagiária, repórter e, mais recentemente, editora multimídia. Pós-graduada em Produção de Conteúdo e Análise de Mídias Digitais, tenho afinidade com criação de conteúdo para redes sociais, planejamento digital e copywriting. Além disso, tive a oportunidade de desenvolver habilidades nas mais diversas áreas ao longo da carreira, como produção de textos variados, locução, apresentação em vídeo (ao vivo e gravado), edição de imagens e vídeos, produção (bastidores), entre outras.

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