O Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) detalhou nesta segunda-feira a investigação que levou à prisão, no domingo, 7, da quadrilha apontada como responsável por mais de 20 ataques a bancos no Rio Grande do Sul desde o fim de 2014. O delegado Joel Wagner afirmou que o grupo era o que mais entendia de assaltos a bancos e caixas eletrônicos com o uso de explosivos, usando técnias muito parecidas com as do candelariense José Carlos dos Santos, o Seco.
Pelo menos um ataque a banco ocorrido no Vale do Rio Pardo foi atribuído ao grupo preso em Mormaço, na região de Soledade. Trata-se da explosão na agência do Banco do Brasil em General Câmara ocorrida logo no primeiro dia de 2015. Um Audi usado na ação foi apreendido pelo Deic dias depois no bairro Rio Branco, em Canoas, dando início às investigações sobre a quadrilha. Durante todo o ano a polícia seguiu os passos dos suspeitos, mas esperou a hora certa de prendê-los ao mesmo tempo. Não está descartada também a participação da quadrilha no ataque ao Sicredi de Barros Cassal no Natal do ano passado.
Entre os sete presos no sítio em Mormaço está o irmão de um antigo parceiro de Seco no mundo do crime. De acordo com o delegado Joel Wagner, Leandro Martins Borchartt, de 35 anos, é irmão de Marcos Antônio Borchartt, conhecido como Lobão. Marcos Antônio era comparsa de Seco e foi condenado por participar de ataques a bancos, pedágios e carros-fortes.
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Uma das condenações – quatro anos de prisão – foi na Justiça de Santa Cruz do Sul. A decisão foi confirmada pelo Tribunal de Justiça em setembro de 2010. Lobão teria participado também do roubo ao bunker da Proforte na cidade, em 2006, que resultou na morte de um oficial da Brigada Militar e no roubo de aproximadamente R$ 4 milhões. O dinheiro nunca foi localizado pela polícia.
Arrombamento em Vale do Sol
Entre os sete presos na operação desse domingo está Luciano Bischof Comper, hoje com 38 anos. Em agosto de 2010 ele foi preso em Canudos do Vale, no Vale do Taquari, após participar do arrombamento ao Banco do Brasil de Vale do Sol. Em maio de 2014 ele foi preso em Santa Catarina por ataques a caixas eletrônicos, mas estava solto desde o fim do ano passado.
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Além de Leandro Martins Borchartt e Luciano Bischof Comper, foram presos Jonatha Rosa da Cruz, de 34 anos, natural de Gravataí; Fabiano Bueno, 44, de Soledade; Júlio César da Costa, 35 anos, de Esteio; Diego de Carvalho Fontinel, 27 anos, e Leandro de Carvalho Fontinel, de 24, ambos de Canoas.
Líder morreu na troca de tiros
A operação foi desencadeada no fim da madrugada em um sítio que servia de base para a quadrilha. Houve troca de tiros e um suspeito foi morto. Ronaldo Bandeira Mack, de 39 anos, estava foragido do albergue prisional de Canoas e era apontado como o líder do bando. Todos tinham longa ficha policial, a maioria por envolvimento em casos de roubo. Com os criminosos foram apreendidos cinco fuzis, coletes balísticos, farta munição, miguelitos e rádios na frequência da polícia. “A partir de agora vai diminuir muito o número de assaltos a bancos e carros-forte no Estado”, afirmou o delegado.
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Material apreendido com os suspeitos foi apresentado pela polícia em coletiva de imprensa na manhã desta segunda
Crédito Polícia Civil/Divulgação
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