A Brigada Militar (BM) completou na última semana 183 anos de existência. A história remete a 18 de novembro de 1837, em plena Revolução Farroupilha, quando a o contingente ainda era chamado de Corpo Policial. Para comemorar a data, o comandante-geral da Brigada Militar no Estado, coronel Rodrigo Mohr Picon, visitou o “2 de Ouro”, como é chamado o 2º Batalhão de Polícia Militar (BPM) de Rio Pardo, uma das mais antigas unidades da BM.
Ele foi recebido pelo comandante do Comando Regional de Polícia Ostensiva do Vale do Rio Pardo (CRPO/VRP), coronel Valmir José dos Reis; pelo subcomandante do 23º BPM, major Fábio Azevedo; pelo comandante do 2°BPM, major Diogo Robledo Lopes; pelo subcomandante do 2° BPM, capitão Renan Todendi Dutra; e pelo coordenador do Polo de Ensino de Rio Pardo, capitão Daniel Pinto Mello; além de oficiais e praças da instituição.
O coronel Valmir José dos Reis ressaltou a visita ilustre. “O comando sempre prestigiou o Vale do Rio Pardo, e o coronel Mohr foi meu colega de turma, é meu amigo pessoal e tem dado um suporte muito grande para a nossa região, sempre com muita atenção, por isso, é uma satisfação muito grande recebê-lo. É um momento que está gravado na história, sobretudo por estarmos comemorando os 183 anos da nossa Brigada Militar”, disse o comandante do CRPO/VRP.
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Em entrevista à Gazeta do Sul, Mohr ressaltou o trabalho desenvolvido no 2º BPM e falou sobre o trabalho de policiamento e inteligência para combater as facções criminosas.
Entrevista
Gazeta do Sul: Qual a percepção do senhor sobre o trabalho desenvolvido no polo de ensino de Rio Pardo?
Coronel Mohr: Foram as melhores impressões possíveis. Já tínhamos informações a respeito, mas surpreende tamanha qualidade e estrutura qualificada. A formação é muito boa, tanto que o polo de Rio Pardo ficou em primeiro lugar no Estado em termos de formação de policiais. Hoje só veio a corroborar essa informação, com a qualidade no detalhe e de organização que vimos aqui.
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A que o senhor atribui os recentes números de queda na criminalidade do Estado?
Temos um programa, o RS Seguro, que tem esse foco local sobre os crimes violentos, com inteligência, integração, investimento qualificado e interação com a nossa comunidade. Esses fatores, aliado ao excelente trabalho dos nossos policiais, são fundamentais para diminuirmos a criminalidade e que bons números possam ser apresentados e apreciados.
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Qual a importância do setor de inteligência para o trabalho de policiamento ostensivo e preventivo?
O setor de inteligência é fundamental. Os roubos de veículos em Porto Alegre diminuíram 42% e ocorrência de roubos a banco tivemos apenas uma, em Itati, no litoral. E tudo é trabalho de inteligência sobre as organizações criminosas. O que é crime organizado só tem uma forma de combater: inteligência. Deve-se saber onde atuar de forma prévia, trabalhando antes do fato acontecer, atuando ainda através da prisão de líderes de quadrilhas antes que situações graves aconteçam.
Têm chamado a atenção as execuções violentas na região, com sinais de tortura. Como a Brigada Militar pode agir no trabalho preventivo para coibir a ação das facções?
Com dois pilares importantíssimos: inteligência e pronta resposta. Inteligência para tentar prevenir, mas quando não for possível levantar completamente uma situação de forma prévia, a Brigada toda deve atuar com pronta resposta. Temos um setor de aviação que nos faz possível chegar em qualquer parte do Estado em 1 hora e meia. Temos cinco batalhões de tropa de choque e Bope. Tudo para fazer com que o criminoso não saia ileso, e sim preso.
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