Crianças fazem ‘gol de placa’ contra a Covid-19

A manhã de sábado, 29, foi de vitórias para o menino Uenzo Thath Ghazel, de 11 anos. Jogador de futebol na Associação Genoma, o morador do Bairro Santuário defendeu três dos oito pênaltis que chutaram em sua goleira. Auxiliou na vitória do time e, ainda uniformizado, foi levado pelo pai, Eluís Ghazel, para a Estratégia Saúde da Família (ESF) Pedreira. Na unidade, foi recebido pela Corujita e encarou a picada da agulha sem medo. É o primeiro passo para uma outra defesa, desta vez, fora das quatro linhas do campo, contra a Covid-19.

“Pelas asas da coruja”, jargão do personagem de PJ Masks, que o recebeu, foi levado até a sala de aplicação das doses, encerrando um período de ansiedade. “Ele sempre me perguntava quando chegaria a sua vez de receber a vacina, porque o irmão mais velho já tinha tomado”, conta o pai. Agora, é aproveitar e agir como a Corujita, com sua mente afiada e ações baseadas em estratégias para retornar à unidade de saúde no prazo estipulado e não fazer parte das estatísticas, que têm preocupado os gestores da saúde de todo o país.

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A segunda dose, em crianças, deve ser de acordo com a vacina aplicada. Quem recebeu CoronaVac volta em 28 dias. No caso da Pfizer, em oito semanas. “Os pais têm que levar os filhos para imunizar. Muitos acham que não é necessário, mas os pequenos não têm como ir sozinhos, somos nós os responsáveis pela saúde deles”, destaca Eluís.

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A importância dada pelo pai de Uenzo foi reforçada pela secretária estadual da Saúde, Arita Bergmann. “A vacina é segura. Evitem que as crianças tenham Covid”, diz. A prefeita Helena Hermany (PP) reforçou a convocação aos familiares. “A vacinação é um ato de amor, é a única forma de manter nossas crianças livres desse vírus e o jeito mais rápido de caminharmos para o fim da pandemia.”

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Mickey aguardava na ESF do Arroio Grande

Na Estratégia Saúde da Família do Arroio Grande, o movimento foi intenso. Somente pela manhã, cerca de 70 doses foram aplicadas, gerando filas e maior agitação porque, após receberem o imunizante, as crianças devem esperar por 20 minutos para acompanhamento. Os pequenos foram recepcionados pelo Mickey, que estava só alegria em ver o engajamento das famílias.

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Um dos vacinados foi Otávio Augusto Cardoso, de 9 anos. Corajoso para enfrentar a agulha, mas ansioso por saber que esse é um grande momento de sua vida, ele garantiu uma fotografia com o Mickey, o certificado da coragem e um kit de higiene. A enfermeira da unidade, Danielle Soares de Oliveira, enfatiza a indicação das autoridades. “Vacinar é pensar na coletividade, principalmente neste momento em que estamos com alta taxa de transmissão do vírus por causa desta variante ômicron.”

Com 9 anos, a moradora do Bairro Arroio Grande, Milena Muller Kniphoff, foi com a mãe, Camila Muller, na ESF. “Assim que vi que estava liberado, liguei para o posto e já trouxe”, conta Camila. Medo não fez parte do momento, mas um pouco de nervosismo estava liberado. Ao ser questionada se estava receosa com a agulhada, Milena resumiu: “Mais ou menos, estou um pouco nervosa, mas sei que é importante.”

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Milena Kniphoff encarou o nervosismo, ciente da importância da aplicação da vacina | Foto: Rafaelly Machado

Ampliação da faixa etária

A aplicação estava prevista para crianças de 5 a 11 anos com comorbidades e de 9 a 11 sem. Próximo do meio-dia, a Prefeitura ampliou a faixa etária, liberando para quem tem a partir de 6 anos sem comorbidades. O atendimento foi feito no Ambulatório Central e nas unidades Arroio Grande, Glória Imigrante, Pedreira e Verena, garantindo que 796 pequenos tenham feito a primeira etapa da imunização.

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