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bons hábitos alimentares

Crianças aprendem a importância da alimentação saudável em visita ao Banco de Alimentos

Foto: Isabel Corralo

Sentir o cheiro e o sabor dos alimentos, conhecer as diferentes texturas de frutas, verduras e hortaliças e saber de onde vêm os produtos. A riqueza de experiências e de conhecimento marcou a 22ª Semana da Alimentação para cerca de 100 alunos de turmas do segundo ao oitavo ano do Ensino Fundamental das escolas estaduais José Wilke, Nossa Senhora da Esperança e da municipal Frederico Assmann, todas de Santa Cruz do Sul.

Na quinta-feira, 17, uma turma de 15 alunos do quarto ano da Emef Frederico Assmann, do Bairro Belvedere, foi conhecer de perto o Banco de Alimentos, onde fizeram um tour pelas instalações e conversaram com técnicos sobre a importância das doações que a entidade recebe de pessoas físicas e jurídicas para atender famílias em situação de vulnerabilidade. As atividades foram organizadas pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, em parceria com o Programa Saúde na Escola (PSE).

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Dentro do pavilhão, os estudantes também conheceram um pouco mais sobre o trabalho realizado pela Coopersanta, a cooperativa de alimentos que funciona no mesmo local. Eles aprenderam que os alimentos consumidos na merenda escolar e distribuídos através do Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) são cultivados em pequenas propriedades do interior do município, que uma alimentação saudável tem como base o consumo de produtos da terra e que os industrializados, principalmente os ultraprocessados, não são uma escolha inteligente.

“Quanto mais comermos o que vem da terra melhor. Os alimentos processados têm muita gordura, sal e aditivos para que não estraguem logo e é isso que faz mal para nossa saúde”, ensinou a nutricionista do Banco do Povo, Patrícia Cemin Becker.

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Em meio a um bate-papo, Patrícia explicou aos alunos que não há problema em comer um doce, desde que isso não se transforme em uma hábito, mas que seja algo esporádico. “Claro que a gente pode comer um doce de vez em quando, até porque é bom e tudo depende de um contexto, mas não é sempre que vamos comer. É muito importante ter equilíbrio na alimentação”, frisou ela.

Do alto dos seus 10 anos, Iuri da Silva Streich parece já saber disso. Ele contou que come bastante verdura e dentre as frutas têm preferência por maçã, banana e manga. Já o refrigerante, jura que toma somente nos finais de semana. “A comidinha da minha vó é muito boa”, elogiou.

Depois da conversa, a turma deu uma pausa na teoria e foi convidada a colocar a mão na massa e sob a supervisão de uma equipe de nutricionistas lavou, descascou, ralou, cortou, picou, misturou e, no final, saboreou um delicioso sanduíche natural de franco com requeijão, alface, tomate e cenoura.

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Filho de mãe confeiteira, Murilo Luís dos Santos, 9 anos, não é principiante na cozinha e volta e meia ajuda a mãe no preparo de alguma iguaria. Na hora das refeições, muito ingrediente saudável no prato. “Geralmente como arroz, feijão, batata e gosto de brócolis, alface, couve-flor”, disse. Questionado sobre se estava gostando da atividade, ele não se intimidou e respondeu com sinceridade. “Estou gostando muito porque no final vou comer”, brincou.

A segunda parte da visita foi ainda mais desafiadora. Divididos em três grupos, os alunos participaram do projeto Caixa Sensorial. A ideia era testar os sentidos e descobrir através do paladar, do olfato ou do tato qual o alimento escondido no interior da caixa. Eram três estações, cada uma para um sentido diferente, e os grupos se revezaram entre elas. A brincadeira rendeu alguns prêmios e muita diversão.

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De acordo com a nutricionista, fazer com que as crianças hoje em dia tenham uma alimentação saudável não é uma tarefa fácil. Segundo ela, o apelo dos produtos industrializados, fast foods, sorvetes e outras guloseimas é muito forte.

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“Esses produtos têm uma hiperpalatabilidade e as crianças ficam muito estimuladas por eles. Tem também a questão visual da própria embalagem, da publicidade, enfim, é uma indústria que vem crescendo muito”, observou. Por outro lado, Patrícia disse também que políticas públicas avançam no sentido de minimizar os danos à saúde, como é o caso da nova rotulagem de alimentos que traz avisos sobre o alto teor de açúcares adicionados, gorduras e sódio presentes nos alimentos.

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A 22ª Semana da Alimentação aconteceu em todo o Estado, em uma realização da Caisan/RS, Emater/RS-Ascar, CRN-2, Consea/RS e Fesan/RS, em virtude do Dia Mundial da Alimentação, instituído em 16 de outubro pela Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO). Em 2024, o tema esteve alinhado ao esforço de reconstrução do Estado após as enchentes de maio e propôs repensar formas de acesso a alimentos adequados em conexão com formas sustentáveis de produção e consumo.

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