A secretária Elis Regina Stavizki se viu diante de uma situação inusitada e potencialmente perigosa na manhã desta quinta-feira, 30, em Santa Cruz do Sul. Ela, que é voluntária da ONG Cavalo de Lata, trafegava de moto pela Avenida Euclydes Kliemann, no Bairro Arroio Grande, quando viu que uma criança perdeu o controle da carroça que dirigia e caiu do veículo.
O cavalo que puxava a carroça ficou desgovernado e saiu em disparada, enquanto a criança fugiu. A voluntária então usou a própria motocicleta – mesmo estando com o namorado na carona – para impedir o cavalo de avançar em direção ao Bairro Distrito Industrial e conseguiu fazer o animal parar, depois de a carroça capotar.
“Eu fui indo ao lado dele e tentando fazer ele se acalmar, porque estava muito nervoso”, contou. “Aí consegui segurar a corda e depois soltar ele da carroça, que já estava bastante destruída e estava machucando ele.”
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Depois de fazer o animal parar, ela acionou a Brigada Militar, que esteve no local. A Guarda Municipal e o Canil da Prefeitura foram chamados em seguida e resgataram o cavalo, que sofreu escoriações.
A voluntária confessa que não sabe se faria o que fez se tivesse parado para pensar. “Eu fiquei com muito medo, mas foi instintivo. O cavalo poderia ser atropelado ou ainda atropelar alguém, então eu agi no instinto”, disse. “Graças a Deus não aconteceu nada, e é mais um cavalo que a gente livra dessa vida ingrata de puxar carroça.”
Perigo
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O risco de acidente foi o que mais preocupou Elis e os responsáveis pela ONG, que foram acionados por ela, além do fato de ser uma criança na condução. “Não pode ficar por isso mesmo. Principalmente por ser uma criança na carroça, que não deveria estar ali, deveria estar estudando ou segura em casa. Era um perigo. Foi uma sorte que a nossa voluntária estava lá e teve coragem de parar o cavalo”, disse a diretora financeira da ONG, Ana Paula Knak.
O presidente da instituição, Jason Duani Vargas, também ressaltou a coragem da voluntária ao se arriscar para que o animal não causasse acidentes. “Estas situações, de cavalos soltos ou de problemas com carroças, são as nossas chamadas mais recorrentes. O cavalo é um animal de campo, não de cidade”, comentou.
No Canil, o cavalo será microchipado. O proprietário do animal terá cinco dias para buscá-lo, quitar os custos da Prefeitura com o resgate e pagar uma multa. Caso o dono não vá até o local, o animal será encaminhado para adoção. “Nós recuperamos o animal e o doamos para quem tenha condições de cuidar dele, aposentar do trabalho”, comentou Vargas.
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