Santa Cruz do Sul

Cresce a procura pelos serviços de cremação em Santa Cruz; tire suas dúvidas

A escolha pela cremação no lugar do sepultamento tem aumentado em Santa Cruz do Sul e região. Embora ainda exista grande preferência pelos cemitérios, a alternativa ganha força. Com o aumento na procura pela opção, as cerimônias do Dia de Finados para relembrar os falecidos vão além da tradicional visita ao cemitério. Em posse das cinzas, familiares têm autonomia para prestar homenagens de qualquer lugar, seja em casa ou em um local que seja especial para quem partiu.

Mas essa autonomia é apenas um dos fatores que alavancaram a procura pelo serviço. Apesar de os gastos com o serviço funerário permanecerem os mesmos, o valor da cremação, quando comparada ao sepultamento, tornou o funeral mais barato e mais acessível. Isso porque não é necessário comprar um túmulo, pagar taxas e realizar manutenções. “É uma opção mais democrática, que não está limitada apenas às classes mais altas”, destaca o sócio-proprietário da Funerária Martin, Marcelo Martin.

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Além de gerar menos custos, a decisão de cremar se torna mais atrativa em razão da praticidade. Especialmente para aqueles que não possuem um espaço reservado nos cemitérios e precisam lidar com falta de vagas e superlotação. “Hoje não tem mais espaço para aumentar os lotes em cemitérios. Quem tem já a vaga sepulta, mas aqueles que ainda não possuem, acabam optando pela cremação”, afirma o coordenador administrativo da Funerária Diersmann, Abel Panerai Lopes. Segundo ele, nos últimos dois anos foram realizadas cerca de 1,7 mil cremações pela empresa.

Outro fator levado em consideração na hora de contratar o serviço é a segurança. Nos cemitérios, os túmulos ficam expostos a depredações ou furtos. Esses aspectos, além do maior acesso à informação, desmitificam muitos preconceitos relacionados ao procedimento. “Quebramos o tabu. Antigamente se falava que era um desrespeito, que o corpo precisava ser sepultado. Hoje em dia, poucas pessoas deixam de utilizar o serviço por serem contra”, explica Martin.

Sustentabilidade

Além de impactar menos no bolso dos consumidores, a cremação é menos nociva ao meio ambiente. Os crematórios precisam atender a uma série de regras dos órgãos ambientais para que a liberação de gases não seja nociva. E por não ocorrer o processo de decomposição, não há a soltura de necrochorume, evitando a contaminação dos solos, processo que ocorre nos sepultamentos. “Por ser um procedimento muito higiênico, ela evita fontes de infecções e as cinzas também não contaminam a terra. Elas podem, inclusive, servirem de adubo e, quando colocadas com sementes, utilizadas para plantar uma árvore”, destaca o agente da Funerária Halmenschlager, Jonas Folmer.

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Tire suas dúvidas

Como funciona a cremação?

Após o velório, o caixão com o corpo é transportado pela funerária até o crematório. O processo leva em torno de duas horas, podendo chegar a três, e a temperatura do forno varia de 800 a 1,2 mil graus. 

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É necessário autorização?

Sim. Em casos de morte violenta, a família precisa de autorização da Justiça caso opte por cremar o corpo. Em caso de morte natural, é necessário a assinatura de dois médicos ou de um médico legista.

Caso opte pela cremação, não haverá velório?

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A cerimônia permanece, indiferente da religião da pessoa. Ela pode ser privada, restrita apenas à família, ou não. 

O que posso fazer com as cinzas?

Cabe às famílias decidirem qual será o destino da urna contendo os restos do falecido. Por não ser um material contaminante, ela permite uma série de possibilidades para preservar o jarro, sendo possível espalhar na natureza, acomodar em um local ou manter com parentes.

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Em posse das cinzas, familiares têm autonomia para prestar homenagens de qualquer lugar | Foto: Albus Produtora

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Guilherme Bica

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