Segue a investigação da Polícia Civil sobre o trágico caso da bebê Lara Martins Anton, de 5 meses, que morreu na última terça-feira, após engasgar com leite em uma creche particular na região central de Santa Cruz do Sul. A diretora do estabelecimento de ensino; uma mulher que realiza serviços gerais no local; e duas monitoras prestaram depoimento à delegada Raquel Schneider, titular da Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA).
“Segundo o que nos relataram, a monitora titular da sala teria dado a mamadeira à bebê, que chegou a brincar depois um pouco no chão. Ela então adormeceu na cadeirinha de descanso e foi colocada no berço. O fato teria acontecido quase uma hora depois de ter mamado”, disse a delegada. Entre as análises iniciais da polícia, está que a creche não possui sistema interno de câmeras nas salas, o que não é obrigatório. As únicas gravações são da entrada do estabelecimento e do entorno na rua.
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Conforme Raquel, o berçário é um ambiente para seis crianças. Segundo o que a delegada apurou nos depoimentos, a monitora titular da sala estava trocando outra bebê, e a mulher que trabalha no local fazendo serviços passou e percebeu que Lara estava um pouco pálida.
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“Ela pegou a menina e começou a realizar manobras de reanimação. Saiu da sala pedindo ajuda e uma outra monitora, de outra turma, pegou a criança e também fez manobras, enquanto a titular da sala ligou para os bombeiros e outra para o Samu.”
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Ainda de acordo com a responsável da DPCA, a diretora também teria tentado prestar socorro fazendo massagem cardíaca, e a bebê teria expelido bastante leite. Os bombeiros vieram primeiro à creche e realizaram tentativas de reanimação. Depois o Samu chegou e entubou a criança, para levá-la ao Hospital Santa Cruz (HSC).
Conforme a delegada Raquel Schneider, todas as monitoras que prestaram o socorro inicial têm curso atualizado da Lei Lucas. Essa lei foi sancionada em 4 de outubro de 2018 e obriga as escolas infantis, públicas e privadas, a se prepararem para atendimentos de primeiros-socorros. A legislação foi aprovada após o caso do menino Lucas Begalli Zamora de Souza, de 10 anos.
Em 27 de setembro de 2017, ele se engasgou após comer um cachorro-quente em Cordeirópolis, no interior de São Paulo, enquanto participava de uma excursão. Não resistiu e faleceu. Sobre o Caso Lara, Raquel disse que os depoimentos de familiares devem ocorrer nos próximos dias. “Solicitamos uma perícia no berço para ver se, de alguma forma, a posição poderia ter contribuído para algum engasgo.” O nome da creche é mantido em sigilo pelas autoridades policiais.
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