Uma comitiva de alunos, pais, professores e direção do Colégio Estadual Monte Alverne (Cema), acompanhados do presidente da Câmara de Vereadores, Alceu Crestani (PSDB), manteve uma audiência na manhã desta sexta-feira, 12, na 6ª Coordenadoria regional de Educação (CRE), para questionar sobre o fechamento do Ensino Médio no turno da noite na escola. Isso vai prejudicar em torno de 35 alunos, que não teriam como seguir com seus estudos, pelo fato de já estarem inseridos no mercado de trabalho durante o dia.
Segundo o diretor do Cema, Nelson Jandrey, a medida vai prejudicar sensivelmente a comunidade, já que muitos alunos deixarão os bancos escolares pela dificuldade de terem que se descolar até 50 quilômetros para Santa Cruz do Sul. “Em alguns casos, eles trabalham até por volta das 19 horas, sendo que o ônibus para Santa Cruz já sai às 18 horas, então fica impossível deles conciliarem o trabalho e o estudo. A gente está na luta para garantir o direito à educação, que deve ser uma garantia do Estado”, observou.
O presidente da Câmara de Vereadores, Alceu Crestani, destacou a importância da manutenção do Ensino Médio noturno em Monte Alverne, como forma de manter os jovens ainda no meio rural. “Lutamos muito para conseguirmos o Ensino Médio noturno há 19 anos, quando integrava a direção da escola e muitos jovens passaram por lá. É preciso que o Estado reveja e nos ajude a fortalecer esse turno”, argumentou.
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O coordenador geral da 6ª CRE, Luís Ricardo Pinho de Moura, destacou que o Tribunal de Contas do Estado (TCE-RS) realizou apontamentos para que as coordenadorias baixassem seus custos de manutenção, sendo que o caso do Noturno do Colégio Estadual Monte Alverne deve ser avaliado para ser decidido até segunda-feira. “Os dados que vocês estão trazendo para a gente vão reforçar o relatório que faremos para embasarem a cessação ou não das atividades do noturno”, destacou o coordenador.