Dizem que avó é mãe duas vezes. No caso da vovó do ano, escolhida em um evento na tarde dessa sexta-feira, 6, ela é mãe umas 20 vezes. A atividade do Centro de Referência em Assistência Social (Cras) Beatriz Frantz Jungblut elegeu Lidia de Melo Rodrigues, 72 anos, como vovó do ano. Já Maria Donilda dos Santos, de 73 anos, foi eleita a vovó mais antiga do Centro de Convivência da Melhor Idade (CCIM).
Lidia conta que não esperava ser escolhida. Para ela, é muito gratificante retornar às atividades no Cras, depois de tanto tempo parada devido à pandemia. “Eu participo do CCMI há cinco anos, e eu adoro. A gente faz ginástica, jogamos, são várias as atividades”, relata a mulher, que é mãe de sete, avó de 18 e bisavó de 17. Ela ainda salienta que ser vó é mãe com açúcar, bisavó é mais ainda. “Inclusive, eu trouxe um bisneto para o evento”, diz.
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Já Maria Donilda, a vovó mais antiga do CCIM, ressalta que adorou receber o título, porque o grupo é como uma irmandade. “Eu não imaginava, porque tem outras que frequentam há bastante tempo. Fui uma das primeiras que entraram, mas poderiam ser outras também”. Maria reforça que, mesmo com a volta dos eventos, segue se cuidando. “Estou com todas as vacinas em dia”, completa a mãe de um filho, avó de oito e bisavó três vezes.
O evento no Cras Beatriz Frantz Jungblut, no Bairro Santa Vitória, foi animado por Fernando Vilela, coordenador da Caravana da Alegria. A atividade contou com muita música e dança para os participantes e familiares. Segundo a coordenadora do CCMI, Silmara Noronha, cada componente pode levar dois membros da família. “É uma forma de aumentar a autoestima. Muitos dos nossos idosos não têm uma forma de convivência. Com a pandemia, eles sofreram muito, pois estavam em risco”. Silmara comenta que, ainda em função da pandemia, o CCMI conta com 30 participantes.
A diretora de Desenvolvimento Social de Santa Cruz do Sul, Priscila Froemming, observa que a saúde mental é levada em conta. Por isso, é tão importante a volta das celebrações. “Comemoramos o Dia das Mães porque as avós também são mães. Sabemos que, em bairros mais carentes, as avós são um dos vínculos mais fortes. Estamos voltando com todo esse espaço renovado, ampliado, com uma equipe que realmente gosta de trabalhar com o público idoso, e também conseguimos juntar o serviço de convivência das crianças”, frisa.
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