Uma notícia circula pela internet com a informação de que o mês de fevereiro será o mais quente na História do Brasil. O Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) divulgou uma nota nesta terça-feira, 12, para esclarecer que não há previsão ou dados que possam corroborar a afirmação.
Na mesma notícia, consta a informação de que não haverá a ocorrência de chuva no mês de fevereiro. O Cptec/Inpe, em conjunto com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e a Fundação Cearense de Meteorologia e Recursos Hídricos (Funceme), aponta para maior probabilidade de chuvas, no trimestre entre fevereiro e abril, acima da faixa normal, para os estados de Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Minas Gerais, Região Norte do Piauí e Acre. No Sul do Rio Grande do Sul, Pará, Norte e Leste do Amazonas, Roraima e Tocantins, a categoria prevista mais provável é de acumulados de chuva abaixo da faixa normal.
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Em relação à temperatura a dois metros de altura do solo, as previsões indicam maior probabilidade de ocorrência de valores acima do normal em todo País, com algumas exceções para a região Norte do Nordeste, onde a temperatura deve ficar dentro da faixa normal.
El Niño vai impactar na temperatura
Os impactos do El Niño foram mais severos nos últimos anos por causa do aquecimento global e serão piores à medida que as temperaturas continuarem a subir, segundo um estudo recente da revista científica Geophysical Research Letters. “Com um El Niño, é bem possível que 2019 seja o ano mais quente já registrado”, afirmou Samantha Stevenson, coautora do estudo e cientista climática da Universidade da Califórnia, em Santa Bárbara.
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Os últimos quatro anos foram os mais quentes, de 2015 a 2018, em razão das crescentes emissões de dióxido de carbono (CO2) que aprisionam o calor – e que também alcançaram níveis recordes, segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM). O clima da Terra está mais quente que a média do século 20 nos últimos 406 meses consecutivos, o que significa que ninguém que tenha menos de 32 anos já viveu um mês mais frio que a média.