Cpers se reúne com governo do Estado para pressionar por reajuste a professores

Ocorreu nessa sexta-feira, 17, em Porto Alegre, mais uma reunião entre a direção do Cpers/Sindicato, que representa os trabalhadores da rede estadual de ensino, e representantes do governo do Rio Grande do Sul. Pelo lado do Executivo estadual, participaram o subsecretário do Tesouro do Estado, Bruno Jatene, acompanhado de representantes do Grupo de Assessoramento Especial (Gae).

A entidade cobra reposição salarial para toda a categoria – professores, funcionários e aposentados – e trata a pauta como urgente, já que não há reajuste para os trabalhadores desde 2014. “Uma categoria endividada, há sete anos sem reposição, perdeu completamente seu poder de compra. Esta situação influencia na economia das cidades dos nossos 42 núcleos espalhados pelo estado”, disse o 2º vice-presidente do Cpers, Edson Garcia.

De acordo com o sindicato, Jatene afirmou na reunião que está sendo elaborada uma proposta para a recomposição salarial a partir de 2022, que ainda precisa ser apresentada ao governador e secretários. Esta gestão é muito aberta ao diálogo e vamos avaliar todas as possibilidades. Em 2021, não haverá reajuste, em razão das limitações da LC 173 (lei federal que impede aumento dos gastos com pessoal durante a pandemia), mas queremos construir caminhos”, afirmou o subsecretário.

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O Cpers reivindica um retorno oficial do governo do Estado sobre a proposta para recomposição antes da Assembleia Geral da categoria, prevista para o dia 1º de outubro. “A categoria quer saber o que o governo propõe. É muito importante que tenhamos esta posição antes do dia 1º de outubro. Os trabalhadores(as) da educação amargam há sete anos com salários congelados, direitos retirados, adicionais reduzidos, descontos e perdas diversas. Não podemos mais esperar”, disse a presidente da entidade Helenir Aguiar Schürer.

Orçamento criticado

Durante o encontro, Helenir fez críticas à Lei Orçamentária Anual para 2022, proposta pelo governo e entregue nessa semana à Assembleia Legislativa. “No projeto da LOA para 2022, o governo estima um crescimento de 6,9% na arrecadação, mas reduz a previsão de gastos com a educação. No entanto, para os altos salários do Tribunal de Justiça, Ministério Público e Assembleia Legislativa há dotação de aumento”.

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Jatene, por outro lado, explicou que a política fiscal permitiu o pagamento dos salários em dia, após mais de 50 meses de parcelamentos, já desde a gestão anterior, mas que o momento ainda é de crise. “Ainda estamos numa insolvência fiscal, com grandes riscos como o pagamento dos precatórios, a dívida do Estado e depósitos judiciais entre outros”.

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