Após o governo estadual enviar a proposta de reajuste salarial para o magistério, representantes do Cpers/Sindicato se reuniram com o presidente da Assembleia Legislativa, Gabriel Souza (MDB). A entidade se manifesta de forma crítica ao plano do governo, que não prevê o mesmo índice de reajuste para todos. O percentual de 32% será aplicado sobre a tabela, mas a forma de pagamento dos adicionais será alterada. Com isso, o ganho médio entre os 60 mil professores em atividade será de 22,5%, o que cobre a inflação acumulada desde 2019, enquanto entre os aposentados e pensionistas, será de apenas 6,15%. Além disso, mais de um terço dos inativos não terá aumento algum no contracheque.
Na reunião com Souza, a presidente do Cpers, Helenir Schürer, lembrou que, na reforma do plano de carreira da categoria em 2020, as vantagens temporais foram agrupadas em uma parcela de irredutibilidade. “Leite agora quer alterar a lei que teve o aval dos deputados e pretende absorver a parcela no subsídio, fazendo com que não haja qualquer aumento para 33% dos inativos. Buscamos o apoio desta Casa para garantir o reajuste para todos”, afirmou.
O presidente afirmou que a Assembleia “está à disposição para criar um canal de diálogo com o governo do Estado e deputados para encaminhar a reivindicação dos educadores”. O governo já afirmou que não há como pagar os 32% de aumento para todos, pois isso faria com que o impacto financeiro, que na versão apresentada é de R$ 650 milhões, chegasse a mais de R$ 1 bilhão. Além disso, uma alteração nesse sentido por meio de emenda na Assembleia seria considerada inconstitucional, já que criaria despesas para o Poder Executivo.
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