As mudanças no sistema de trabalho vinham sendo percebidas no mercado. Algumas adaptações foram empregadas, novos mecanismos implantados, a maior transparência nas informações internas das empresas e o nivelamento ganharam força, reduzindo a ideia de poder hierárquico e fazendo com que as opiniões de todos os envolvidos no processo sejam ouvidas e implantadas. Em alguns casos, as sugestões são até premiadas, o que motiva ainda mais a participação e a sensação de pertencimento.
Uma opção que ainda enfrentava muitas restrições foi o trabalho em casa ou home office. Veio a pandemia e fez com que aquilo que parecia uma modinha virasse uma tendência. A atuação nos lares foi consolidada e alguns não voltaram às estruturas das empresas, que se tornaram obsoletas. “A modalidade afetou o desempenho de muitos trabalhadores, principalmente quando não conseguiram separar os ambientes lar e trabalho”, alerta a psicóloga Graziela Eggers.
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Outro mecanismo que vinha apresentando crescimento expressivo, desde antes da pandemia, ganhou mais força. É o coworking, um espaço de múltipla utilização. Ele possibilita que equipes de diferentes CNJPs trabalhem utilizando o mesmo ambiente e algumas funções comuns, como o serviço de secretaria, por exemplo. Aparece como economia, porque o custo de uma estrutura física de organização é alto e precisa ser minimizado.
A sua adoção, no entanto, vai além da questão financeira. Graziela reforça que a interação e diversas trocas são possíveis com ambientes e móveis planejados para proporcionar conforto, mobilidade, postura corporal adequada e bem-estar. “O coworking é um espaço com proposta de mais interação e flexibilidade na forma de trabalho. Se a pessoa percebe que está perdendo o foco, pode levantar e tomar um café ou fazer um lanche que está disponível, dialogar um pouco e voltar à atividade de forma rápida e com mais qualidade”, ressalta.
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Um exemplo desse tipo de ambiente sustentável é a Integra Coworking. A idealizadora e proprietária, Carla Doebber, conta que inaugurou em janeiro do ano passado, em plena pandemia. “Nasceu da vontade de empreender, mas, além disso, da busca por algo que focasse no nosso propósito. O coletivo nos inspira”, ressalta. A ideia de economia é bem evidente quando se observa o que é disponibilizado, como recepção, internet, cota de impressão, climatização, ambiente ergonômico, segurança, limpeza, alvarás, taxas, IPTU, cozinha coletiva. Isso pode ser acessado com planos a partir de R$ 230,00.
E estar em um ambiente coletivo não significa manter-se como microempresa. Há possibilidade de crescer e ocupar mais espaços ou, como nas incubadoras, passar para um novo momento, que demande sede própria. “Tivemos como cliente uma corretora de investimentos que teve tanto sucesso, que recebeu um prêmio nacional concedido pelo Banco Safra. Trabalhar num coworking fez com que não se perdesse tempo, pois e possível focar atenção no objetivo da empresa e não se distrair com as despesas e demandas extras, que ocorrem em um escritório convencional”, salienta Carla.
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Menor preocupação e maior interação
Carla Stavizki é corretora de imóveis. Ela atuou em imobiliária local e resolveu trabalhar de forma autônoma. Há quatro meses, escolheu a Integra Coworking como endereço para seu escritório. “É um modelo mais prático, com custo/benefício melhor, tenho uma secretária que ajuda a atender, acabo não me preocupando com nada, chego e já começo o trabalho”, conta.
Questões básicas, como o café, limpeza do ambiente, são resolvidas pelo coworking, sem a necessidade de tomar o tempo de quem pode se dedicar à busca de bons resultados. Entende que o foco continua o mesmo, pois cada empresa tem seu espaço e trabalha individualmente, mas a proximidade e o fato de estar no mesmo ambiente permitem benefícios como a interação e a troca de experiências. “Foi uma excelente escolha. Eu superindico”, reforça.
Além da estrutura para a sua atuação, ela e os demais empreendedores têm à disposição sala de reuniões, onde podem atender os clientes, e sala de treinamento.
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Após a adesão ao modelo coworking*
- 62% melhoraram sua saúde e disposição geral
- 67% melhoraram sua vida social
- 43% aumentaram sua renda mensal
- 72% melhoraram seu networking profissional
- 37% melhoraram seu relacionamento com a família
- 63% melhoraram sua organização pessoal
- 77% melhoraram sua produtividade no trabalho
- 33% já foram contratados para um projeto por um colega que conheceu no espaço
- 29% já contrataram um colega do espaço para ajudar em um projeto
- 73% afirmam que já aprenderam algo novo com colegas do espaço
- Em 2015 eram 238 coworkings no Brasil
- Em 2019 passou para 1.497
- Em 2021, 1.647
- * Fonte Censo da Associação Nacional de Coworking e Escritórios Virtuais (Ancev)
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