As mortes por novo coronavírus confirmadas no Brasil desde 26 de fevereiro superam o total de óbitos por H1N1 registrados em 2009, no auge daquela pandemia. A primeira morte pela chamada gripe suína no País foi registrada em junho daquele ano.
Mesmo com alta subnotificação por falta de testes, reconhecida pelo próprio Ministério da Saúde, o País confirmou, até 16 de abril, 33.682 testes positivos e 2.141 óbitos pela covid-19. Em 2009, foram 50.482 casos e 2.060 mortos por H1N1, segundo dados do governo federal.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considerou a H1N1 como pandemia de julho de 2009 a agosto de 2010. No segundo ano, a doença perdeu força pelo reforço de medicamento e vacina no tratamento.
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Em 22 de março, o presidente Jair Bolsonaro errou ao prever que a Covid-19 mataria menos que a H1N1 em 2019, quando o total de óbitos já foi inferior ao do ano de pandemia. “O número de pessoas que morreram de H1N1 no ano passado foi da ordem de 800 pessoas. A previsão é não chegar a essa quantidade de óbitos no tocante ao coronavírus”, afirmou o presidente.
Ministro da Saúde em 2009, o médico José Gomes Temporão disse no fim de março em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que a Covid-19 é muito mais grave do que a pandemia enfrentada por ele. “A letalidade e o número de casos graves do H1N1 são muito mais baixos do que os do novo coronavírus. O número de pessoas que adoecem, precisam de ventilação pulmonar, é significativamente menor na pandemia de 2009. Uma outra diferença importante é a situação do sistema de saúde. Hoje estamos mais frágeis do ponto de vista financeiro”, disse Temporão.
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O ex-ministro também afirmou que o País não adotou medidas de isolamento social amplo à época justamente pela menor gravidade da doença. “Quando o H1N1 chegou, o que percebemos era que não era uma doença com muita diferença do que os vírus da gripe comum. Claro, tivemos óbitos, a população não tinha imunidade.”
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