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Covid-19, o filme

Estou escrevendo um roteiro. Será um drama de ação, suspense e de conteúdo científico-social. Muitas cenas de medo e desespero popular. Mas também terá comoventes cenas de solidariedade humana.

Resumo da estória: o governo ditatorial de uma nação produz e espalha um vírus de laboratório. De contaminação rápida e mortal. Para evitar suspeitas, insinuações e acusações de autoria, primeiramente espalha o vírus em seu próprio território.

Embora uma nação continental e superpopulosa, espalha o vírus de modo limitado geograficamente. E não evita mortes. Como é uma ditadura, não precisa dar explicações, nem mesmo à Organização Mundial da Saúde (OMS).

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Todavia, para fortalecer a ideia de casualidade e fatalidade, reage com os procedimentos sanitários que exigem as pandemias, de acordo com protocolos internacionais.

Com o vírus disseminado, alguns cientistas dessa nação, agora arrependidos da trama e dispostos a esclarecer a verdade dos fatos ao mundo, desaparecem, um a um, sem vestígios, sem registros.

Ironicamente, essa mesma nação passa a fornecer mundialmente os equipamentos essenciais para o tratamento da infecção. E também os respectivos e básicos insumos farmacológicos.

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Com as providências sanitárias preventivas adotadas por todas as nações, a exemplo do radical “lockdown”, sucedem-se as cenas de fechamento comercial e industrial, falências, desemprego em massa, entre outros efeitos colaterais negativos.

Agravada e mantida a pandemia, essa mesma nação também passa a produzir e fornecer a respectiva vacina. Porém, concomitantemente, procedimentos e negócios de saúde à parte, “iria às compras” para adquirir empresas de outras nações.

Compras de controles acionários a preços módicos, evidentemente, haja vista a severa recessão econômica mundial em curso e sem previsão de término.

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Embora um drama, o roteiro também prevê cenas surreais e cômicas. Com destaque para dois caricatos presidentes que divulgam uma receita, como se médicos fossem. Ambos têm agitados apoiadores. Mas a torcida do “sem comprovação científica!” está em vantagem.

Finalmente, o roteiro não esclarece se teria sido uma ação comercial ou ideológica, ou algo como que um prenúncio de reorganização geopolítica mundial. Porém, sombriamente, o filme termina com uma cena de laboratório, sugerindo a germinação de um novo vírus pandêmico.

Sei que a ideia e o roteiro não são originais. Você mesmo já pensou isso, não? Afinal, quem não gosta de uma boa teoria da conspiração? Em filmes, lógico.

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