Tragédia no Rio Grande do Sul. Nunca choveu tanto em volume e durante tantos dias consecutivos. Mais de 400 municípios gaúchos atingidos intensa e catastroficamente. Dezenas de vidas humanas perdidas. Entre animais domésticos e silvestres, foram milhares.
Milhares de casas familiares e empreendimentos comerciais e industriais destruídos, milhares de automóveis, equipamentos domésticos e de produção profissional igualmente destruídos. Armários, camas, roupas e bens afetivos, tudo perdido ou imprestável para reutilização. São números extraordinários, consequência de um fenômeno inigualável historicamente, em todos os aspectos.
Toda a infraestrutura pública foi atingida. Hospitais, escolas, estradas e pontes, especialmente, entre outras unidades, foram destruídas. Para total recuperação estima-se um tempo necessário de uns dez anos, a custos bilionários.
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Na Região Metropolitana, no estuário (rio) Guaíba desaguam vários e volumosos rios (assoreados) que contribuem para o seu acentuado assoreamento (aliás, ninguém fala sobre a proibição de retirada de areia e ações de dragagem dos leitos), o que tornou incomparáveis as enchentes.
Se aditarmos aos volumes constantes e crescentes de água os ventos em sentido contrário ao deságue na Lagoa do Patos e no oceano, o cenário é catastrófico e inigualável, repito. Represadas tais águas, Porto Alegre, Eldorado e Canoas, especialmente, absorveram e sofreram alagamentos em dobro, assim como a região do Extremo Sul (Pelotas, Rio Grande e cercanias da Lagoa dos Patos).
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Apesar de tudo isso, trágica e detalhadamente descrito em cada região, em cada município, em cada distrito e vila, algumas pessoas atacam covarde e intempestivamente as administrações municipais e estadual. Especialmente em Porto Alegre, possivelmente movidos por notória ambição eleitoral.
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Exemplo lastimável e inoportuno foi um crítico abaixo-assinado de cinco ex-prefeitos de Porto Alegre, que, contrariamente, deveriam ter demonstrado solidariedade e apoio ao empenho da administração nessa surpreendente tragédia. Perderam a oportunidade de demonstrar grandeza.
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Mas não estão sozinhos. Outras lideranças políticas, e alguns ditos intelectuais, como que justiceiros e videntes do porvir, não tardaram em acusar e reproduzir seus habituais refrões, a exemplo de “fora, fulano; fora, beltrano; impeachment já”.
Bem, de certo modo, a considerar a natureza e a fragilidade humana, não há surpresa nessas ações e reações de covardia e oportunismo. Felizmente, a maioria da população, brasileiros de todas as querências nacionais, cada cidadão dentro de suas possibilidades e limitações, se dedicou com humildade e carinho ao resgate dos flagelados e à minimização do sofrimento coletivo.
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