Passo do Sobrado não terá a Festa do Búfalo em março. O motivo é corte de gastos. A folha de pagamento dos servidores já atingiu 53% do total de despesas do orçamento municipal de R$ 22 milhões. O prefeito Hélio Olímpio de Queiroz afirma que pretende reduzir para até 47%. O secretário de Finanças, Evandro Menezes Jacobsen, foi exonerado e o de Planejamento, Ivan Paulinho Sebben, passou a acumular a função. Outros quatro cargos de confiança foram extintos.
“Estamos tomando medidas para reduzir as despesas. Se até o final de fevereiro não surtir efeito, precisaremos adotar ações mais drásticas”, explica o prefeito. Uma dessas ações seria elevar as tarifas municipais, para aumentar o volume arrecadado. “Apesar das dificuldades, estamos pagando em dia”, garante Queiroz. “Há um esforço muito grande para que possamos cumprir o que está previsto na Lei de Responsabilidade Fiscal”, reforça Sebben. Apesar do superavit de R$ 500 mil em 2017, o orçamento sofre mínimas variações há três anos.
O índice de Imposto Sobre Circulação de Mercadorias (ICMS) caiu 0,82%, e o reajuste salarial de professores (6,5%) e funcionários públicos (2,2%) contribui para o cenário negativo. “Temos um valor fixo para ser gasto em saúde e educação, por determinação federal. Ainda temos o reajuste nos salários. São fatores que afetam bastante. Outros prefeitos comentam que no formato atual, em pouco tempo será inviável manter as contas em dia nos municípios.”
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A Festa do Búfalo voltará em 2019, quando, conforme acredita o prefeito, a situação financeira estará mais confortável. Ele deseja começar a planejar o evento ainda no primeiro semestre deste ano para buscar recursos públicos e patrocínios privados. “Faremos uma festa mais enxuta, dentro da realidade econômica. Temos que planejar de forma responsável. Vamos atrás de recursos que possam desonerar o município.”
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