Até quando vamos ser bombardeados pelas notícias falsas? Até pararmos de reproduzi-las. Não há outra saída. Ou paramos de ler, de assistir ao videozinho “inofensivo”, de compartilhar, ou seguiremos mergulhados neste estranho fenômeno da era digital: a mentira em rede.
Ah, mas foi meu dentista quem mandou. Foi meu vizinho, gente ótima. Foi meu irmão, meu tio, meu professor, meu melhor amigo. Não importa. Informação falsa é informação falsa. Dependendo do teor, pode até ser crime.
Sim, está complicado identificar uma mentira diante das pérolas que circulam na internet. Às vezes, mesmo sabendo, você clica em cima porque está curioso, porque “vai que”, porque é divertido, porque não quer ficar por fora. Eu entendo. Esse universo ao toque do nosso dedo é tentador. E, no entanto, temos que começar a resistir. Do contrário, vamos seguir colocando lenha nessa fogueira. E isso não é bom para ninguém.
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Apostar em fake news só é bom para quem ganha dinheiro com elas. O que provavelmente não seja o seu caso. E de ninguém naquela lista de pessoas bem-intencionadas que você tem no WhatsApp.
Torço para que, em breve, paremos de dar crédito a tudo que rola sem critério nas redes sociais. Que voltemos a valorizar a imprensa profissional. Aquela que paga pessoas, também chamadas de jornalistas, para apurar os fatos. Que tem razão social, CNPJ, nome e sobrenome.
Sei, você vai dizer: que garantia eu tenho de que a imprensa não está mentindo? Eu te respondo: a mesma que você tem, quando compra um sapato, de receber o sapato e não um tijolo. Ele pode até não ser tão bom, mas é o sapato que você comprou. Na imprensa profissional acontece a mesma coisa. As empresas jornalísticas, assim como as que vendem sapatos, têm um nome a preservar. E não vão correr o risco de jogar esse patrimônio fora mandando tijolos no lugar do produto prometido: informação com a melhor qualidade possível.
Não estou dizendo que a imprensa não erra. Erra, muito. Mas inventar a morte ou a prisão de uma pessoa importante só para ver o circo pegar fogo não é erro. É falta de caráter. E seria um suicídio profissional para o jornalista que fizesse isso.
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Também não estou dizendo que a imprensa é 100% isenta. Ser de direita ou de esquerda, priorizar gatos ou priorizar cachorros, não torna o veículo menos respeitável. Há o fato, e há a opinião. E não é difícil perceber o juízo de valor presente em uma notícia. Felizmente, você não precisa concordar com esse juízo. Pegue o fato e estabeleça sua posição sobre ele. É aí que mora a beleza da coisa toda.
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