Se o aumento na conta de água em Santa Cruz do Sul este ano não for maior do que nos demais municípios do Rio Grande do Sul, os investimentos prometidos pela Companhia Rio Grandense de Saneamento (Corsan) terão que ser repactuados. A afirmação foi feita ontem pelo presidente da estatal, Flávio Ferreira Presser.
Há duas semanas, a Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos Delegados (Agergs) chancelou um reajuste tarifário de 11,45% para todas as cidades atendidas pela Corsan. À Prefeitura de Santa Cruz, porém, a empresa solicitou um percentual maior, de 16,12%. O argumento é de que, nos últimos dois anos, Santa Cruz não foi contabilizada nos cálculos tarifários porque não havia convênio com a Agergs. Isso teria gerado um desequilíbrio econômico-financeiro e prejuízos que podem chegar a mais de R$ 12 milhões até o ano que vem. O reajuste superior seria justamente para evitar que esse rombo aumente.
Em entrevista à Rádio Gazeta, Presser alegou que, se esse suposto desequilíbrio não for corrigido, o plano de investimentos fixado no contrato assinado em 2014 com a Prefeitura não poderá ser cumprido integralmente. “Não estamos impondo um aumento maior. Santa Cruz pode optar por ter o mesmo reajuste que os demais municípios, mas aí vamos ter que discutir metas e investimentos. Não posso trazer desequilíbrio à companhia”, disse.
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Conforme o dirigente, uma das razões do prejuízo foi justamente o fato de Santa Cruz estar recebendo investimentos em volume maior do que na maioria das demais cidades. Ao todo, são R$ 395,5 milhões previstos para as próximas quatro décadas. Entre as obras exigidas pelo contrato estão a construção de uma nova estação de tratamento de água, a expansão da rede de esgoto, a substituição de redes antigas de água e a implantação de novos reservatórios.
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