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Corsan promete substituir 21 quilômetros da rede de água até o fim de 2021

Após o governo de Santa Cruz engrossar a voz com a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) por causa dos problemas no abastecimento de água, a estatal voltou a fazer promessas. Em reunião nessa terça-feira, 19, no Palacinho, com a presença do diretor-presidente da empresa, foi apresentado um conjunto de investimentos a serem entregues no curto e médio prazo. A meta é buscar uma melhora significativa no atendimento ainda dentro do período da atual gestão.

A reunião, que foi a primeira da comissão recriada pela prefeita Helena Hermany (PP) para acompanhar o cumprimento do contrato da Corsan, ocorreu sem presença de imprensa. Segundo relatos de participantes, no entanto, as manifestações foram de cobrança firme sobre a estatal, deixando claro que a paciência está no limite.


Passados sete anos desde a assinatura do convênio, o município ainda convive com casos graves de desabastecimento, como os que aconteceram no início do ano, quando 18 mil imóveis chegaram a ficar com as torneiras secas – em alguns casos, por mais de três dias.

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Essa é a segunda vez, desde que o contrato está em vigor, que a Corsan lança um pacote de obras para reagir à pressão por melhor desempenho em Santa Cruz. A primeira foi em 2017, e alguns dos investimentos anunciados à época estão sendo concluídos apenas agora – como o reservatório-pulmão do Bairro Santo Antônio, que será ativado nos próximos dias. Além disso, os avanços na ampliação da rede de esgoto e na redução de perdas “Comunidade está cansada de explicação” de água foram ínfimos.

Os projetos apresentados nessa terça, que já estavam previstos no convênio, incluem a criação de uma nova estação de tratamento de água (ETA), a substituição de 20 quilômetros de redes até o fim do ano e a implantação de novas adutoras e de um reservatório.

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Ao final do encontro, que, além de vários integrantes da Prefeitura, contou com a participação do Ministério Público e da Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados (Agerst), o diretor-presidente da Corsan, Roberto Barbuti, reconheceu que compromissos assumidos pela empresa não foram cumpridos e a credibilidade da estatal no município está comprometida.

“Sabemos que temos um déficit de entregas em relação ao que foi pactuado no passado. Temos a humildade de reconhecer isso, mas estamos convictos de que temos um plano concreto e factível para trazer o serviço a um patamar bastante superior”, afirmou.

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O que a estatal apresentou

Nova ETA
O que é: a empresa pretende construir uma nova estação de tratamento de água (ETA) para ampliar a capacidade de produção do município. O complexo atual, no Bairro Pedreira, tem capacidade para 600 litros por segundo – embora, na prática, a produção média fique entre 530 e 540 litros. A estrutura, que poderá tratar até 800 litros por segundo, ficará em uma área na Rua Bruno Agnes.
Situação: a licitação já está em andamento e a obra deve se iniciar no segundo semestre. A expectativa é de que a estação seja entregue até julho de 2023. O investimento será de R$ 38,8 milhões.

Plano de redução de perdas
O que é: a Corsan contratou o consórcio Urbana, de Porto Alegre, para execução de várias intervenções com o objetivo de reduzir a perda de água no município, que hoje ainda chega a assustadores 56%, por causa de vazamentos e ligações clandestinas. Uma das ações é a substituição de redes antigas ou precárias para minimizar os riscos de rompimentos – para 2021, está prevista a troca de 21 quilômetros em pontos de maior ocorrência de desabastecimento. O pacote também inclui outras medidas, como conserto de vazamentos invisíveis e instalação de válvulas reguladoras de pressão.
Situação: a empresa começou a atuar em setembro. Ao todo, o plano de recuperação de perdas vai consumir R$ 23,8 milhões até 2023.


Reservatório no Morro da Cruz
O que é: além de ativar nos próximos dias o reservatório-pulmão do Bairro Santo Antônio, a Corsan pretende instalar outro reservatório, com capacidade de 2 mil metros cúbicos, no Morro da Cruz. A intenção é reforçar o atendimento de uma região com 14 mil imóveis, que hoje é abastecida por um reservatório de mil metros cúbicos, de forma a reduzir o risco de desabastecimento.
Situação: o projeto, que inclui implantação de algumas adutoras, ainda está em fase de orçamento, mas deve custar em torno de R$ 10 milhões.

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Novas adutoras
O que é: a Corsan pretende implantar duas adutoras de água tratada, uma para reforçar o abastecimento em Linha Santa Cruz e João Alves, regiões que vivem forte expansão imobiliária e enfrentaram problemas no abastecimento.
Situação: os projetos ainda não foram orçados. A expectativa é de licitá-los ainda este ano.

Ampliação da rede de esgoto
O que é: o plano é implantar mais 20 quilômetros de rede de esgoto, contemplando mais 2 mil imóveis. Atualmente, somente cerca de 25% do esgoto gerado em Santa Cruz é tratado.
Situação: será licitado no primeiro semestre deste ano, e o investimento será de R$ 11 milhões. O investimento deve ser concluído até fim de 2022.

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