A Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) anunciou que a adutora que rompeu na tarde dessa quarta-feira, 16, no Bairro Bom Jesus, será desativada. A medida já deveria ter sido feita, mas por causa de atraso na liberação de áreas para o término da construção de novas adutoras, incluindo a da Rua Amazonas, ficou para o fim do ano.
O superintendente regional da Corsan, José Epstein, disse em entrevista à Rádio Gazeta que a adutora de água bruta está no radar de substituição, com 70% da obra concluída. “O que está atrasando é a questão de liberação de áreas. Hoje estarei em Santa Cruz para assinar a escritura de uma e tem outra em que estamos em tratativas, mas demora, pois tem toda uma questão do processo de inventário”, frisou.
Ele ressalta que nestas melhorias a companhia investe R$ 7 milhões. Ainda há mais outras ações que totalizam R$ 14 milhões. “Não há um investimento de concessionária, neste porte, em Santa Cruz do Sul. Se tivéssemos concluído a obra, o alagamento de ontem não teria ocorrido”, complementou.
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Promessa para o verão
Tradicionalmente, com a chegada do verão, aumenta o consumo de água. E aí vem a preocupação dos moradores sobre ter ou não água para lavar uma louça ou tomar banho no fim do dia.
Epstein garante que isto não será problema em Santa Cruz. “Na semana passada tivemos dias com temperaturas em torno dos 40 graus. Nosso abastecimento foi normal, com falta de água em apenas algumas situações pontuais. Vejo então com tranquilidade de que iremos levar a água à comunidade”, enfatizou.
O que ocorreu na quarta-feira
O desabastecimento de água na quarta, segundo a Corsan, ocorreu por causa da falta de luz no primeiro recalque próximo ao Lago Dourado, equipamento que encaminha água para a Estação de Tratamento (ETA). Já a RGE diz que o local ficou apenas poucos minutos sem luz. “Por volta das 7 horas percebemos que a água não estava chegando na estação de tratamento. Acionamos então a RGE. Por volta das 10 horas os nosso motores tiveram condições de serem religados. Iniciamos a recuperação e hoje toda a cidade está abastecida.”
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Quando questionado sobre a necessidade de colocar um gerador de energia no local, para evitar situações como a de quarta, Epstein diz que o custo seria muito alto. “O valor teria que ser repassado para o consumidor na conta. Além disso, é uma situação pontual, não vale investir em algo com um alto custo operacional. O mais interessante é usar valores significativos em construção de reservatórios como os que estamos fazendo”, complementou.
Corsan vai ressarcir moradora
É a segunda vez no ano que a moradora Patrícia Konzen teve a casa alagada após o rompimento da adutora na Rua Amazonas. Ao ver o cenário novamente, Patrícia disse que voltava de uma audiência em que foi informada de que a Corsan não vai ressarcir os móveis comprados após o primeiro alagamento. “Em momento algum nos recusamos a dar apoio. Não é negativa de indenização o que ocorre, é todo um rito administrativo, com prestação de contas, que precisa ser cumprido. Nos próximos dias, ela certamente será indenizada pelas duas situações”, garantiu.
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