O último contrato assinado entre a Corsan e o Município de Santa Cruz do Sul, em julho de 2014, completou dez anos nessa quarta-feira, 3. Em entrevista à Rádio Gazeta FM 107,9, o gerente de Relações Institucionais da Corsan/Aegea, João Batista Corim, avaliou as dificuldades e melhorias e projetou o futuro. As pautas centrais foram o abastecimento de água e a captação e tratamento de esgoto, em atenção às metas estabelecidas pelo Marco Legal do Saneamento e o prazo máximo determinado por ele, 2033.
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Corim enfatizou que o maior avanço no setor em Santa Cruz é a construção da nova estação de tratamento, que está em obras no Bairro Bom Jesus. “Somado a isso, temos um projeto que visa ampliar a perfuração de poços”, afirmou. Esse sistema, durante as enchentes, foi fundamental para garantir o fornecimento em diversos locais. Hoje, serão entregues mais três poços, localizados nos bairros Linha João Alves e Country, além do Residencial Figueiras. A expectativa é que eles – somados à infraestrutura já existente – sejam capazes de suprir as necessidades dos moradores e acabar com a falta de água naquela região.
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Para o futuro do abastecimento em Santa Cruz, Corim afirmou que a Corsan/Aegea está em constante vigilância quanto às necessidades. Neste momento, o entendimento é de que o Lago Prefeito Telmo Kirst e a perfuração de poços artesianos são o caminho para garantir água pelos próximos anos.
Além disso, está em execução uma revisão de todo o sistema e dos procedimentos atualmente em uso. As enchentes e enxurradas de maio levaram a empresa a acelerar essas ações. “O projeto está em andamento e é ele que vai dizer qual a melhor diretriz para Santa Cruz e os demais municípios.” A análise dos mananciais – rios e arroios – faz parte desse trabalho. Apesar de todas as alterações provocadas pela enchente no Rio Pardinho, a Corsan entende que elas não oferecem risco para a captação e, por isso, não preocupam imediatamente.
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Ainda sobre o Lago, observou que no verão passado não houve problemas com a proliferação de algas. Isso se deve a uma série de serviços realizados. Agora, um equipamento novo foi importado dos Estados Unidos e será utilizado para o mesmo fim, se necessário. Já a substituição e a ampliação das redes hídricas, acrescentou o porta-voz, são feitas com base em alguns critérios, entre eles crescimento populacional, aumento da demanda, número de rompimentos e dificuldade de acesso, entre outros. *Colaborou Ronaldo Falkenback
Os números trazidos por Corim mostram que cerca de 27% das ligações de água em Santa Cruz já possuem sistema de esgotamento sanitário. São pouco mais de 15 mil imóveis conectados às redes cloacais, enquanto outros 1,79 mil possuem canalização passando em frente, mas ainda não fizeram a ligação. A Corsan trabalha em uma campanha de conscientização e pede que os proprietários realizem a conexão o quanto antes. “Assim o ciclo se completa e nós conseguiremos resolver a questão mais importante: a da saúde pública.”
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O foco já era e continuará sendo a ampliação dos ramais e redes coletoras, bem como a ampliação e qualificação das estações de tratamento, considerando o crescimento populacional e a demanda cada vez maior. “Hoje nós temos muitas estações compactas, que foram construídas pelos empreendedores, conforme determina a legislação.” Essa situação, frisou o gerente de Relações Institucionais, também é objeto de estudo. “Precisamos transformá-las em estações de bombeamento que levarão o esgoto para tratamento na Pindorama.”
O percentual de perda de água, outra grande preocupação da Aegea quando assumiu a operação da Corsan em Santa Cruz, gira em torno de 56%. “Esse é um desafio grande para nós, até pela questão geográfica da cidade.” Essas perdas vão desde as aparentes, com vazamentos que escorrem pelas ruas e calçadas, até as ocultas, que necessitam de equipamentos e profissionais especializados para identificação e conserto.
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