O treinador Tite reagiu com inconformismo aos indícios de uma possível ação deliberada do árbitro paraguaio Carlos Amarilla contra o Corinthians na Libertadores de 2013. Nesta terça-feira, 23, em visita ao Hospital Santa Marcelina, em Itaquera (zona leste de São Paulo), ele fez comentários duros a respeito da partida diante do Boca Juniors. “No hospital, no futebol ou no banco de técnico, corrupto e vagabundo, para mim, é na prisão”, declarou Tite ao ser perguntado se gostaria de ver Amarilla ou qualquer outro dirigente que tenha praticado corrupção atrás das grades.
“Foi um dia muito escuro. Não posso falar o que eu penso. Vai ser digno de um processo, porque não tenho provas escritas. A minha prova são meus olhos, as experiências e o julgamento que é meu”, afirmou Tite. Na ocasião, o Boca empatou por 1 a 1 com o Corinthians no Pacaembu e eliminou o time paulista da Libertadores, mas foi beneficiado por duas anulações de gols legais e dois pênaltis não marcados para o time brasileiro.
“A coisa bonita que guardo é o sentimento do torcedor pós-jogo. Nunca tive um sentimento como esse de aplauso e carinho. Eu olhava para os atletas e estavam surpresos com o que aconteceu no campo e o carinho e reconhecimento do torcedor com o trabalho. Às vezes não precisa ganhar, mas jogar bem e ser forte para ter reconhecimento”, acrescentou o treinador.
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O assunto dominou a entrevista coletiva de Tite, que recordou um episódio vivido no ano passado. “Fui assistir Grêmio e Newell’s Old Boys, da Argentina, e não sabia a arbitragem. Quando olhei para baixo e vi o Amarilla, falei para o Cleber (Xavier, auxiliar técnico) que, se soubesse, não iria ao jogo.” Na passagem pelo hospital, Tite beijou recém-nascidos, entregou presentes às mães e até visitou um bebê que estava internado na UTI do hospital.
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