Tensão e reviravoltas marcaram o dia mais esperado do período pré-eleitoral em Santa Cruz. Sem acordo após meses de negociações, PSDB e PMDB romperam e vão seguir caminhos distintos na eleição. Enquanto os tucanos migraram para a frente encabeçada pelo PSB, os peemedebistas formalizaram a indicação de Alex Knak na expectativa de fechar uma chapa com o PP, que baterá o martelo hoje.
Embora até há poucas semanas o PSDB e PMDB demonstrassem sinergia para levar adiante a chapa Alex/César Cechinato, o namoro começou a desandar quando as duas legendas se desentenderam sobre a eleição para a Câmara: o PSDB defendia uma coligação, mas o PMDB não aceitava.
O jogo começou a virar mesmo na quarta-feira, quando o prefeito Telmo Kirst (PP) passou para a linha de frente das negociações e chegou a sinalizar que poderia até abrir mão de concorrer para viabilizar uma chapa com PP e PMDB. Isso encorajou os peemedebistas a se lançarem à majoritária, ao mesmo tempo em que afastou de vez o PSDB.
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Além de indicar Knak para concorrer a prefeito, o partido aprovou uma moção que dá poder à executiva de deliberar sobre os nomes. Como a ata da convenção só vai ser fechada nesta sexta, a sigla aguardará a posição do PP. A maior expectativa do PMDB é que os progressistas aceitem indicar Helena Hermany para ser vice de Knak.
Na prática, porém, nada impede o PP de manter o projeto original e reeditar a dobradinha Telmo/Helena. Assim, sobraria ao PMDB apoiar, concorrer sozinho com chapa pura (o advogado Dartagnan Costa seria o vice de Knak e alguns inclusive defendiam que já fosse indicado ontem também) ou ainda ficar neutro na eleição majoritária. “O PP não vai virar balcão de negociação, não vamos entrar nisso”, disse o presidente do PP, Henrique Hermany. Mais do que nunca, o desenho da corrida pelo Palacinho está nas mãos do prefeito.
Quase coligado com PMDB, PSDB de Paulo Jucá (à esquerda)
aprovou ontem coligação com PSB de Fabiano Dupont
Foto: Ronaldo Falkenback/Gazeta AM
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“Definido”
Cerca de cem pessoas acompanharam a convenção do PMDB no Grêmio Esportivo Olaria. Nos pronunciamentos, líderes exaltaram o desempenho de Alex Knak enquanto secretário de Transportes e pregaram renovação na política “Nada contra aqueles que já serviram à cidade, mas o Alex Knak é a novidade da eleição”, disse o deputado Edson Brum (PMDB). Brum também foi categórico ao afirmar que a candidatura de Knak é irreversível. “O PMDB está definido. Nós temos candidato a prefeito para ganhar a eleição”, disse.
Em sua fala, Knak se disse confiante nas chances de vitória. “Tenho certeza que algo de bom está guardado para o PMDB de Santa Cruz”, disse.
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O QUE PODE ACONTECER
Cenário 1
Se o prefeito Telmo Kirst abrir mão de concorrer à reeleição, conforme chegou a sinalizar em uma reunião no Palacinho na quarta-feira, o PP pode indicar o vice de Alex Knak. A preferência dos peemedebistas seria pela atual vice-prefeita, Helena Hermany.Cenário 2
O PP pode manter o projeto original e lançar a dobradinha Telmo/Helena, que é considerada pelos progressistas a chapa mais competitiva. Essa hipótese ganhou força com o rompimento entre PMDB e PSDB, já que a “terceira via” seria uma pedra no sapato dos progressistas. Se isso se confirmar, o PMDB terá que decidir se apoia ou se segue outro caminho.Publicidade
Veja como foram as convenções:
PSDB
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PMDB
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