Os Correios ingressaram com ação de dissídio coletivo junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST) no final da tarde desta quarta-feira, 16. A empresa tomou a iniciativa devido à divisão dos trabalhadores em relação à proposta de acordo coletivo apresentada pelo vice-presidente do TST, ministro Ives Gandra, na última sexta-feira.
Na noite de terça-feira, 15, dos 36 sindicatos dos Correios no Brasil, 17 decidiram não deflagrar paralisação, sendo que 16 aceitaram a proposta do TST. Não houve, portanto, maioria suficiente para a assinatura de acordo. Com isso, a empresa retoma sua última proposta que prevê reajuste de 6% nos salários (3% retroativos a agosto e 3% em janeiro de 2016), além de outros itens.
Serviços
As agências estão abertas e os serviços, inclusive a entrega de Sedex e o Banco Postal, estão disponíveis, com exceção dos serviços com hora marcada interestaduais (Sedex Hoje, 10, 12, Disque Coleta e Logística Reversa Domiciliária). O levantamento realizado na quarta-feira mostra que 90,69% do efetivo dos Correios não aderiu à paralisação — o que corresponde a 108.185 empregados, número apurado por meio de sistema eletrônico de presença.
Publicidade
Nesses locais, o movimento está concentrado na área de distribuição — do total de 28.569 carteiros que deveriam trabalhar nas localidades em que há paralisação, 9.750 não compareceram (34,13%). No Rio Grande do Sul, o levantamento realizado ontem apontou que 94,2% do efetivo dos Correios no Estado está presente e trabalhando – o que corresponde a 7.706 empregados. O Sindicato que abrange a região de Santa Maria não aderiu à paralisação.
Nas localidades em que há paralisação, os Correios estão aplicando o Plano de Continuidade de Negócios, que inclui ações como deslocamento de empregados entre as unidades, apoio de pessoal administrativo e realização de horas extras. Caso haja necessidade, a empresa também pode promover mutirões para entrega nos fins de semana.
Publicidade