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Correios de Santa Cruz aderem à greve nacional

Desde a semana passada, carteiros e servidores dos Correios de parte do país entraram em greve. Nesta segunda-feira, 24, os funcionários da estatal em Santa Cruz do Sul aderiram ao movimento.

Segundo o secretário-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do Rio Grande do Sul (Sintect-RS), Alexandre Nunes, 85% dos trabalhadores do Centro de Distribuição de Santa Cruz estão em greve e 70% dos trabalhadores da agência do Centro. Isso ocorre, conforme Nunes, por três situações. “Uma delas é a forma irresponsável como a empresa trata a questão da pandemia, quando se nega a fazer a assepsia dos locais de trabalho e a testagem no local de trabalho onde há colegas contaminados”, fala.

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Outro ponto é o aumento no número de entregas e a queda no número de funcionários, por causa da pandemia. “Tivemos uma queda em 30% daqueles que estão em grupo de risco. Além disso, a empresa propôs retirar 70 cláusulas que nos beneficiam.”

Alguns benefícios que teriam sido retirados da categoria são plano de saúde, vale-cultura, anuênio, adicional de atividade de distribuição e coleta (AADC), adicional de atividade de tratamento (AAT), adicional de atividade de guichê (AAG), alterar a data do dia do pagamento, auxílio de dependentes com deficiência, pagamento de 70% a mais da hora normal quando há hora extra trabalhada, reembolso-creche, pagamento de 70% das férias, aumento no compartilhamento do ticket e licença-maternidade de 180 dias. “Estamos todos mobilizados. Venâncio, Lajeado, Rio Pardo, Cachoeira, toda a categoria.” A greve não tem previsão para terminar.

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Em manifestação feita no dia 19, a Empresa de Correios e Telégrafos (ECT) disse que “a proposta da empresa, que tem respaldo da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), bem como das diretrizes do Ministério da Economia, não retira nenhum direito dos empregados. Apenas promove adequações aos benefícios que extrapolavam a CLT e outras legislações, de modo a alinhar a estatal ao que é praticado no mercado.”

Ainda afirma que “os Correios se veem obrigados a zelar pelo reequilíbrio do caixa financeiro da empresa. Em parte, isso significa repensar a concessão de benefícios que extrapolem a prática de mercado e a legislação vigente. Assim, a estatal persegue dois grandes objetivos: a sustentabilidade da empresa e a manutenção dos empregos de todos.”

>> Clique aqui e leia a manifestação na íntegra

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