Familiares enterraram esta manhã o corpo do agente penitenciário Gilson Renato Santos Launer, de 44 anos, morto ontem, 28, durante uma troca de tiros entre policiais militares e presos que tentavam escapar do Centro de Recuperação Penitenciário do Pará, que funciona no Complexo Santa Izabel, na região metropolitana de Belém, e deixou também três detentos mortos.
Segundo a Superintendência Estadual do Sistema Penitenciário (Susipe), a tentativa de fuga ocorreu por volta das 6 h do domingo, quando um grupo de presos conseguiu quebrar os cadeados de suas celas sem ser notado. No momento em que dois agentes prisionais ingressaram na ala para destrancar todos os detentos, foram rendidos e feitos reféns pelo grupo amotinado.
Na tentativa de fuga pelo portão principal, os presos trocaram tiros com PMs que faziam a segurança da unidade. Na confusão, o agente penitenciário foi atingido por um disparo e logo encaminhado para uma Unidade de Pronto Atendimento, mas não resistiu ao ferimento e morreu ontem mesmo. Três presos também foram mortos durante a troca de tiros. Nenhum detento conseguiu escapar.
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A Polícia Civil instaurou inquérito e vai apurar não só como os detentos obtiveram armas e conseguiram quebrar os cadeados, mas também a arma de onde partiu o tiro que atingiu o servidor público, cujo corpo foi enterrado no cemitério particular de Marituba, na grande Belém, em meio à comoção de parentes e amigos. Laurner deixou mulher e três filhos.
Segundo a Susipe, um revólver calibre 32 foi encontrado no interior do Centro de Recuperação logo após a situação ter sido controlada. Os corpos foram examinados no Instituto Médico Legal de Castanhal, na área metropolitana. O resultado do exame de balística deve ser divulgado em breve.
Uma equipe do Comando de Missões Especiais da Polícia Militar foi acionada para reforçar a segurança do Centro de Recuperação Penitenciário e as visitas aos presos foram suspensas.
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