A Organização Mundial da Saúde (OMS) decidiu nessa quinta-feira, 23, que é “muito cedo” para declarar o surto de infecções pelo novo coronavírus chinês uma emergência de saúde pública de interesse internacional. A decisão foi tomada pela direção da entidade após consulta a um comitê de especialistas de todo o mundo.
Conforme o presidente do comitê de emergência, Didier Houssin, o grupo ficou dividido, mas a visão que prevaleceu foi a de que não é hora de declarar emergência por causa do número limitado e localizado de casos e pelas medidas que já estão sendo tomadas.
Diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus acatou a recomendação do comitê de não declarar emergência e ressaltou que a maioria dos casos confirmados até ontem foi identificada na China, o que mostra o caráter localizado do surto. A entidade afirmou que o comitê pode se reunir novamente quando necessário e a decisão pode ser revista caso mude o cenário.
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Segundo o Regulamento Sanitário Internacional da OMS, acordo legal que envolve 196 países, a emergência de saúde pública internacional é “um evento extraordinário determinado que constitui um risco de saúde pública a outros Estados por meio da disseminação internacional de doenças e por potencialmente exigir resposta internacional coordenada”.
A OMS já declarou emergência global cinco vezes. A primeira foi no surto de gripe H1N1, em 2009. Repetiu a medida nas epidemias de poliomielite (2014), zika (2016) e Ebola (duas vezes, em 2014 e no ano passado).
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