O coronavírus e a estiagem foram os temas predominantes durante a assembleia geral ordinária da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp), realizada na manhã dessa sexta-feira, 13, em Santa Cruz do Sul, em conjunto com o Consórcio Intermunicipal de Serviços do Vale do Rio Pardo (Cisvale).
O presidente da Amvarp e prefeito de Rio Pardo, Rafael Barros, sugeriu uma reunião com todos os secretários municipais de Saúde da região para tratar sobre medidas de contenção ao coronavírus. A ideia é acatar o decreto estadual que sugere a suspensão de eventos com aglomerações de pessoas. “Vamos estudar ações entre os gestores dos municípios e fazer algumas delimitações. Temos um decreto do Estado e vamos tomar atitudes em nível de região”, afirmou.
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Segundo Barros, uma das maiores preocupações dos gestores é com relação à escassez de água potável e para consumo animal. “Os prejuízos na agricultura em decorrência da estiagem são muito grandes. Da mesma forma, existem famílias que não têm mais água para os animais”, comentou. “Estamos fazendo uma moção, que será encaminhada ao governo do Estado, pedindo agilidade na liberação de caminhões-pipa e de maquinário para resolver a situação dos municípios que já decretaram situação de emergência.”
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Outros assuntos debatidos no encontro foram a prestação de contas do exercício de 2019; a avaliação da Assembleia de Verão da Famurs; as eleições deste ano; o programa de dação em pagamento de bens imóveis do Estado para quitação de débitos com os municípios; o Prêmio Boas Práticas na Gestão Municipal da Famurs e ainda resoluções na área de saúde.
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A próxima assembleia conjunta da Amvarp e Cisvale está prevista para ocorrer no dia 26 deste mês, em Passo do Sobrado. Na ocasião, serão apresentadas as etapas do Projeto Videomonitoramento e Cercamento Eletrônico, que envolve a instalação de câmeras inteligentes no Vale do Rio Pardo.
Resíduos sólidos
A explanação do plano estratégico regional de gestão dos resíduos sólidos foi outro assunto abordado pelo Cisvale. O presidente e chefe do Executivo de Pantano Grande, Cássio Nunes Soares, afirmou que a implantação de um aterro sanitário na região é de extrema importância. “Hoje o lixo dos nossos municípios está sendo levado para Minas do Leão. Daqui a alguns anos, provavelmente esse aterro não vai mais existir. Estamos adiantando a construção para que nossos municípios não corram o risco de ficar sem um local próprio.”
A versão final do plano estratégico de gestão dos resíduos sólidos foi feita pelo engenheiro civil da empresa Urbana Logística Ambiental do Brasil, de Porto Alegre, Eduardo Vargas. Nos próximos meses, os gestores devem decidir a área onde a obra deverá ser executada.
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Dois municípios se propuseram a receber o aterro – Pantano Grande e Venâncio Aires. A partir de agora, ambos devem colocar em prática as ações propostas no documento. A primeira delas refere-se ao ensino de Educação Ambiental nas escolas, em que devem ser tratados temas como sustentabilidade e conservação do meio ambiente.