Para 32 nações de todo o planeta, chegou a hora de vestir a camisa para mais uma Copa do Mundo de futebol. Mais do que vestir, é chegado o momento também de honrar as cores de seu fardamento, e as esperanças de cada um desses povos.
Enquanto a partir deste domingo, 20, todas as atenções e todas as emoções do esporte voltam-se para o Catar, país-sede da Copa de 2022, a editora Planeta entra no clima da integração e da expectativa com o lançamento de uma obra minuciosamente preparada para essa época por um time de cinco jornalistas argentinos: o Atlas mundial de camisas faz um apanhado amplo das camisetas de todas as seleções de futebol, inclusive de algumas nacionalidades que já nem existem mais.
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Com 256 páginas, no formato de 16 por 23 centímetros, e ao preço sugerido de R$ 99,90, o livro surgiu desse esforço conjunto de cinco profissionais da prensa argentina: Ernesto Cune Molinero, Alejandro Turner, Pablo Aro Geraldes, Agustín Martinez e Sebastián Gándara. Num primeiro momento, eles haviam se ocupado da recuperação das 1.200 versões que formam o fardamento dos clubes de futebol da Argentina.
Isso cumprido, em 2017 idealizaram expandir ou estender seu olhar para os trajes e as cores oficiais, com as histórias associadas a esses mantos, de todas as seleções do planeta. O resultado é que o novo livro, devidamente alcunhado de Atlas, perfila os 1.400 modelos de camisas desde as Copas do Mundo de 1930, no Uruguai, na vizinhança da Argentina, até a de 2018, na Rússia.
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Mas o esforço do quinteto vai muito além das Copas em si e das disputas nelas protagonizadas. Eles levantam inclusive os mantos de seleções de países que já nem existem mais, ou mesmo as que jamais disputaram o torneio global organizado pela Fifa. Claro, há algumas particularidades que devem soar terríveis para os argentinos, por assim dizer, nessa rivalidade sem começo e sem fim entre brasileiros y sus hermanos.
Por exemplo: o manto da Seleção Brasileira esteve lá (está lá) em todas as edições da Copa, sendo o único a figurar em todas (e a deter cinco estrelas alusivas a títulos, para completar). Um dos autores do Atlas, Pablo Aro Geraldes, é, além de pesquisador, um colecionador de camisas, possuindo os modelos de todos os 211 países afiliados à Fifa.
E, entre as nações que já não existem mais, estão relacionadas, para curiosidade e informação histórica das novas gerações, camisas como as da Iugoslávia, da União Soviética, da Alemanha Oriental ou da Rodésia, cujos selecionados, em outros tempos, foram muito competitivos e até temidos.
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Mais do que referir as camisas, com seu design, suas cores, seus modelos e a atualização de tendências, o livro enumera informações pitorescas, que levantam desde os símbolos usados. Na América do Sul, por exemplo, a maioria das seleções adota as cores das bandeiras nacionais, criando uma associação direta e imediata entre um símbolo oficial e o manto que a seleção do futebol usa em campo nas partidas que disputa.
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A partir deste domingo, quando a seleção da casa, o Catar, entrar em campo na Copa do Mundo de 2022 para enfrentar o Equador, na primeira partida da competição, vale reparar em tudo o que transparece ou se revela no traje, no fardamento de cada país. Afinal, se há uma taça em disputa, há, muito mais do que isso, um formidável desfile cultural, não menos importante, que será atualizado a cada nova rodada, ao longo de um mês.
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Como não poderia deixar de ser, o Brasil ocupa lugar de destaque no acervo de fardamentos que os jornalistas reuniram. As cinco camisas utilizadas em cada uma das edições da Copa nas quais a taça ficou com a Seleção Canarinho estão lá, referidas e descritas. Desde o manto azul usado na Suécia, em 1958, quando o país ergueu pela primeira vez o caneco, passando pela amarelinha na edição seguinte, a do Chile, em 1962, e a igualmente canarinho do tri, no México, em 1970.
Então veio o tetra, em 1994, nos Estados Unidos, decidido nos pênaltis, e que se encerrou com aquele chute nas nuvens do italiano Roberto Baggio. E, por fim, a primeira e até agora única (história a ser mudada em dezembro, no Catar, não é mesmo?) taça conquistada no século 21, a de 2002, na Coreia do Sul.
Por sinal, só poderia mesmo ser brasileira a primeira taça da Copa do Mundo no novo século e milênio, mais uma vez colorindo de canarinho o universo do esporte global. E, para a torcida brasileira, vale mentalizar que, assim como as cinco camisas acima mencionadas já figuram no Atlas, uma atualização futura do livro implique em colocar em amplo destaque a versão que a Seleção Brasileira usará no Catar. E, nessa atualização, quem sabe apareça uma sexta estrela?
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Atlas mundial de camisas: a história, as lendas e as raridades nas cores de todas as seleções de futebol, de Cune Molinero, Alejandro Turner, Pablo Aro Geraldes, Agustín Martinez e Sebastián Gándara.
São Paulo: Planeta, 2022.
256 páginas. R$ 99,90.
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