A Copa Cultural Lifasc, parceria da Gazeta Grupo de Comunicações com a Liga Integração de Futebol Amador de Santa Cruz do Sul (Lifasc), terá nesta segunda-feira, 14, a partir das 19 horas, as três partidas de suas quartas-de-final, de cuja fase quatro clubes avançarão para as semifinais, a serem realizadas nesta terça-feira, 15. E para marcar essa nova etapa, a Gazeta do Sul compartilha as histórias de três times, fechando a série iniciada há duas semanas. Conheça abaixo o perfil de Aliança, Juventude e São José.
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A.E.C ALIANÇA
Apesar de ter sido fundada em 1992, a história da Associação Esportiva e Cultural Aliança é mais antiga, remontando ao final dos anos 1980. Na localidade de Alto Linha Santa Cruz, entre Linha Santa Cruz e Boa Vista, havia dois clubes, o Vasco da Gama e o Juventude.
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“Logo vimos que os clubes não sobreviveriam no futuro, porque eles não tinham áreas próprias e as instalações eram muito precárias”, conta Ingo Roth, atual presidente do Aliança. Assim, após diversas reuniões entre as diretorias e os jogadores, ficou decidido que os dois clubes seriam fundidos, resultando na criação de um novo, o Aliança.
Tão logo a nova equipe surgiu, começaram as tratativas para a aquisição de uma propriedade para a construção da sede, hoje localizada nos fundos da Comunidade Evangélica de Alto Linha Santa Cruz, e contando com 20 mil metros quadrados.
Ao longo dos anos, a praça esportiva ganhou vestiários, arquibancadas e foi melhorando sua estrutura física como um todo, contando com o empenho dos integrantes e também da comunidade. Atualmente, a direção do clube dedica seus esforços à substituição completa do gramado, buscando oferecer um palco com excelente qualidade para a disputa das partidas.
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“Clube situa-se em Alto Linha Santa Cruz e se destaca pelo investimento em estrutura. Atualmente, todo o gramado está em processo de substituição.”
Ao longo dos 28 anos de história, o clube participou de diversas competições municipais e regionais, como o Campeonato do Cinturão Verde, destacando-se pelos planteis qualificados. Em 2002 sagrou-se campeão municipal de futebol amador de Santa Cruz do Sul.
Caçula, o Aliança começou sua trajetória nas competições da Lifasc em 2010, chegando a afastar-se por alguns períodos em função das obras no seu complexo esportivo. Sem poder jogar desde o início da pandemia do novo coronavírus, o impacto nas receitas tem sido amenizado com o apoio da comunidade, por meio da realização de rifas e comercialização de produtos do clube.
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JUVENTUDE
Fundado em 1974, o Esporte Clube Juventude de Cerro Alegre também possui uma longa história de integração com sua comunidade e luta por melhorias, tanto na formação dos elencos quanto na construção de sua estrutura física.
Em 2017, após receber um terreno de cinco hectares da Prefeitura de Santa Cruz do Sul, o clube começou o trabalho de construção do campo e reforma da sede e dos vestiários. “É uma conquista inédita para um clube como o Juventude, uma conquista que fica para nossa história e também das pessoas que trabalharam e ajudaram”, conta o presidente Flávio Müller.
Além do campo de futebol, o complexo esportivo do clube também conta com uma sede para a realização de encontros e eventos, com capacidade de aproximadamente 90 pessoas. Nas próximas semanas a direção pretende inaugurar o campo de futebol sete, que já está finalizado e aguarda apenas os últimos ajustes no gramado, e iniciar a construção de uma quadra de areia para a prática de vôlei.
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“Nós estamos trabalhando sábados, domingos e feriados direto por lá, sempre tem coisas para reformar. É trabalhoso mas muito legal e todos os envolvidos são voluntários”, ressalta Müller. Em função da pandemia do novo coronavírus, que desde março vem impedindo a realização de jogos e eventos, as receitas do clube foram fortemente impactadas.
“Embora a realização de atividades no local esteja suspensa em razão da pandemia, dirigentes buscam melhorar a estrutura para os eventos esportivos.”
Além do aluguel do campo, o dinheiro proveniente da venda de alimentos e bebidas na copa também deixou de entrar. Apesar das dificuldades, jogadores e direção têm se empenhado para dar prosseguimento às reformas.
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Ainda que o Juventude seja um clube amador, o presidente Flávio Müller destaca a necessidade e a importância da organização e do trabalho sério da direção, tanto na prospecção de jogadores e montagem dos elencos quanto na gestão financeira, para que as obras e melhorias possam ser planejadas e concluídas com sucesso.
O São José, de Rincão do Sobrado, é o único clube que já deixou a competição, tendo sido eliminado na fase classificatória por ter marcado o menor número de pontos ao final das quatro partidas. A grande marca foi ter ido para os jogos com uma equipe formada por mulheres.
E.C. SÃO JOSÉ
O Esporte Clube São José, de Rincão do Sobrado, vive situação curiosa. A sede do time, junto à Comunidade São José, na verdade situa-se em Passo do Sobrado, de cuja cidade está bem próximo. No entanto, está na divisa com Santa Cruz do Sul e, no período que antecedeu a criação da Lifasc, tinha vínculos fortes com equipes do lado santa-cruzense.
Assim, foi ao natural que o clube foi convidado a se integrar também à Lifasc. Quem menciona esse contexto é a atual vice-presidente do São José, Carla Regina Leifheit, 32 anos, que inclusive fora presidente na gestão anterior. Ela é uma testemunha da criação do clube. Tinha dez anos quando, em 5 de abril de 1998, seu pai, José Leifheit, e vizinhos fundaram o time.
Antes, existia na localidade o Centenário, que não tinha sede própria. Com o São José foi diferente: a doação de área, pela Mitra, junto à Comunidade São José, que congrega as famílias das imediações, permitiu que o clube enfim tivesse sua própria praça esportiva. As equipes passaram a ser muito competitivas.
A maioria dos atletas vem de Passo do Sobrado, de cujas competições municipais o clube participou. Com o fortalecimento, veio o ponto alto dos 22 anos do São José: o título principal da Lifasc em 2013. No ano anterior, Carla havia sido eleita princesa da Liga.
“O São José situa-se em Passo do Sobrado, na divisa com Santa Cruz, e foi um dos fundadores da Lifasc, cujo título inclusive conquistou em 2013.”
O São José chegaria de novo à final da Lifasc em 2017, contra o João Alves, ficando com o vice (aliás, Carla é casada com Marcelo Reis, dirigente do João Alves, em cuja localidade o casal reside). E novamente foi vice em 2018 (contra o Pinheiral), o que Carla lamenta porque a taça daquele ano levava o nome de seu pai.
“Sempre vivi o mundo do esporte, em família, e o carinho pelo São José é imenso”, frisa. Carla lembra que, na localidade, residem muitos santa-cruzenses e o alemão é língua presente no cotidiano. Ainda que tenha sido o único time desclassificado na fase inicial da Copa Cultural Lifasc, Carla diz que o propósito foi “participar e se divertir.”
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