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África

Cooperativa acusa Odebrecht de invasão de terras em Angola

O site de notícias angolano Maka Angola publicou um texto acusando a empreiteira brasileira Odebrecht de “ocupação de terras e destruição de lavras no bairro da Chicucula, na cidade de Sumbe, província do Kwanza-Sul, que teve lugar a partir de maio de 2015”. As informações são da Rádio França Internacional – RFI.

O artigo, assinado por Moiani Matondo, diz que uma ação foi apresentada na Justiça “pela Cooperativa de Organização Comunitária do Sumbe e outros cidadãos contra Alexandre Almeida Bastos, director da Odebrecht, e outros”. Segundo o jornalista, “os moradores exigiram documentação formal que desse legitimidade à Odebrecht para ocupar os terrenos, documentação essa que os funcionários da Odebrecht rapidamente obtiveram da administração provincial”.

Munidos desses documentos, a Odebrecht quis desocupar os terrenos e as lavras à força. A população resistiu como pôde, e a empreiteira desistiu daquele método de ocupação. Mas engendrou outro plano”, continua o texto. Em março de 2016, os sobas (autoridades regionais) foram avisados de que seriam desalojados das suas terras, “por bem ou por mal, porque a Marinha de Guerra iria fazer um porto e ocupar os terrenos para as suas atividades”.

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Porém, segundo a denúncia, isso não correspondia à realidade. “Na verdade, a Odebrecht pretendia ocupar o bairro da Chicucula para construir um condomínio. Perante a oposição das populações, chamou o governo, que se fez espaldar na força da Marinha, colocando militares armados nos terrenos, destruindo as culturas, demitindo os sobas, intimidando as populações com armas.”

“Resumindo os fatos aqui apresentados: a Odebrecht é uma empresa ativamente corrupta que opera em Angola. Cabe agora desvendar quem são os respectivos corruptos angolanos e puni-los de acordo com a lei”, finaliza o texto.

Procurada, a Odebrech respondeu que “não se manifesta sobre o tema, mas reafirma seu compromisso de colaborar com a Justiça. A empresa está implantando as melhores práticas de compliance, baseadas na ética, transparência e integridade”.

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