A Cooperativa de Catadores e Recicladores (Coomcat) de Santa Cruz do Sul realiza na manhã desta terça-feira, 22, uma manifestação reivindicando avanços na coleta seletiva solidária. Entre os objetivos da ação está, ainda, o pedido de reforma da usina municipal de resíduos, com a gestão dos próprios catadores. O protesto teve início na Praça Siegfried Heuser e segue com caminhada até o Palacinho.
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A manifestação acontece quase duas semanas após o encontro entre representantes da Coomcat e a Prefeitura não ser realizado. A reunião aconteceria no dia 9 de março, na tentativa de buscar um acordo em torno das mudanças na gestão de resíduos do município, mas houve atrito entre as partes. Os cooperados alegam não terem sido recebidos pela prefeita Helena Hermany, enquanto a Prefeitura afirmou que somente a diretoria da Coomcat foi convidada para a reunião e mais cooperados teriam tentado participar do encontro.
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Segundo a Cooperativa, a proposta é ampliar o serviço e implantar ações de educação ambiental, ampliando a participação dos catadores, gerando novos postos de trabalho, principalmente para mulheres, e sem onerar os cofres públicos. Já a Prefeitura alega ter como objetivo apenas a ampliação da coleta seletiva, sem “retrocesso”, afirmando que as condições atuais de trabalho são insalubres. O protesto desta terça-feira não prejudica os serviços de coleta prestados pela cooperativa.
Conforme Uiliam Mendes, um dos organizadores do movimento, na última reunião, a prefeita Helena Hermany não os recebeu por entender que havia pessoas participantes que não eram da cooperativa. Ele alega, no entanto, que tratava-se de pessoas da assessoria técnica, mas não houve este entendimento por parte da prefeitura.
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“Entregamos um ofício solicitando uma nova reunião e já se passaram nove dias e não obtivemos resposta. O governo Helena Hermany tem planos para a gestão de resíduos que excluem os catadores. Eles não querem doação de materiais, eles querem um reconhecimento do trabalho. Nosso objetivo é 100% de inclusão dos catadores e avanço na cadeia produtiva”, disse.
De acordo com Mendes, a intenção é avançar para mais de 15 bairros com a coleta seletiva solidária. Segundo ele, não existe justificativa para a contratação de uma outra empresa. Ele ainda lembrou que a cooperativa já fez investimentos de mais de R$ 280 mil na Usina Municipal. O município, por outro lado, diz Mendes, não investe no espaço desde 1980.
Fagner Jandrey, assessor técnico da cooperativa e um dos fundadores da Coomcat, disse que espera que o movimento, de fato, gere um posicionamento por parte do governo municipal e que o Executivo analise as propostas, que ele avalia como consistentes, baseadas em análises e estudos técnicos. “É uma alternativa de desenvolvimento para o município. Temos que parar de ver a Coomcat como uma entidade de assistência social. Ela é um empreendimento local muito forte e que ajuda a manter a economia do município”, declarou.
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Com informações do repórter John Kaercher Machado.
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