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RECICLAGEM

Coomcat coletou mais de mil toneladas de resíduos em 2019

Em 2019, o montante de material reciclado chegou a 1.050 toneladas em Santa Cruz

A conscientização e o engajamento da população têm contribuído para que a Cooperativa de Catadores e Recicladores de Santa Cruz do Sul (Coomcat) alcance resultados concretos na reciclagem de resíduos sólidos. Somente no ano passado foram coletadas 1.050 toneladas de resíduos, o que contribuiu para a preservação de 10 mil árvores, 32 mil litros de petróleo e 600 toneladas de minério. A quantidade de material reciclável é maior na comparação com o mesmo período de 2018, quando foi de 929 toneladas. O aumento acumulado nos últimos cinco anos foi de 193 toneladas.

Além de papel, plástico, isopor e metal, desde novembro do ano passado a Coomcat recicla óleo saturado (óleo de cozinha) e eletroeletrônicos. Em nove meses, houve a arrecadação de mil litros de óleo e 3 toneladas de eletroeletrônicos. Apesar dos resultados positivos dos últimos cinco anos, os reflexos da pandemia do novo coronavírus influenciaram na diminuição de 20% da quantidade de material recolhido. Houve uma redução do cronograma de coletas, para evitar a disseminação do vírus.

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Outro fator que atrapalha a atividade das equipes é a ação dos chamados atravessadores, conforme explica a secretária e relações humanas da entidade, Marilane Poeckel. “Os atravessadores não têm licença ambiental para atuar e, muitas vezes, entram dez minutos mais cedo que os nossos caminhões. Eles buscam somente material que tem valor de mercado, como alumínio e papelão, e o restante fica pra trás. Não se importam com o ciclo produtivo”, lamentou.

Dez anos de atuação

A Coomcat completou dez anos de atuação em junho. Apesar das dificuldades enfrentadas pela instituição, diversos foram os avanços nos últimos anos, como o aumento do número de catadoras e catadores – que passou de 12 para 52, distribuídos entre a Unidade da Coleta Seletiva Solidária, no Centro, e a Usina Municipal de Resíduos Sólidos, no Bairro Dona Carlota. A expansão dos bairros atendidos também foi significativa: de três para 15 bairros.

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Seguindo os princípios da economia solidária e autogestão, a Coomcat faz a comercialização de resíduos somente para empresas que possuem certificados ambientais das regiões do Vale do Rio Pardo e Metropolitana de Porto Alegre. Já o isopor é vendido para a Indústria Santa Luzia, de Santa Catarina.

A cooperativa, que atua por meio do Programa Municipal de Coleta Seletiva Solidária, mantêm dois contratos com a Prefeitura de Santa Cruz do Sul: um na Gestão da Usina Municipal de Triagem de Resíduos Sólidos e outro na prestação de serviços de logística reversa solidária. Ambos totalizam R$ 109,8 mil mensais. A contrapartida do Executivo serve para o pagamento dos associados, custos com combustível, equipamentos de proteção individual (EPIs), pagamentos de contas de água, luz e internet, entre outros.

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Bairros atendidos

A coleta solidária acontece de segunda a sexta-feira em 15 bairros de Santa Cruz do Sul:

Segunda-feira
7h30 às 12 horas – Higienópolis, Santo Inácio, Goiás e Centro
13 horas às 17h18 – Centro

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Terça-feira
7h30 às 12 horas – Belvedere, Margarida, Monte Verde, Bonfim e Centro
13 horas às 17h18 – Centro

Quarta-feira
7h30 às 12 horas – Independência, Renascença, Várzea e Centro
13 horas às 17h18 – Centro

Quinta-feira
7h30 às 12 horas – Arroio Grande, Ana Nery e Centro
13 horas às 17h18 – Centro

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Sexta-feira
7h30 às 12 horas – Universitário, Avenida e Centro
13 horas às 17h18 – Centro

Cooperativa trabalha com a inclusão social

Além de contribuir para o meio ambiente e transformar em renda toneladas de resíduos, a Coomcat também presta um importante trabalho de inclusão social. “Resgatamos a dignidade do catador. Aqui eles são sócios-cooperados com acesso a benefícios sociais, têm INSS pago e recebem capacitação para aprimorar o seu trabalho. Foi uma evolução um pouco lenta, mas essencial“, diz Marilane Poeckel.

Exemplo disso é o caso da catadora Vera Lucia Flores da Rosa, 51 anos, coordenadora de produção. Há nove anos na cooperativa, ela conta que antes de entrar para a Coomcat realizava coleta individual, mas o dinheiro era muito pouco. “Por semana, dava em torno de R$ 80,00. Então pedi uma oportunidade e eles me deram. Tinha somente a quarta série, recebi incentivo e voltei a estudar. No ano passado concluí o Ensino Médio.”

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Como a população pode contribuir

Nos bairros com coleta seletiva, os moradores devem fazer a separação. Os recicláveis (papelão, isopor, metal, óleo saturado e eletroeletrônicos) devem ser encaminhados para a coleta nos dias e turnos estipulados pelo cronograma. Os orgânicos (restos de verduras, frutas e outros alimentos) têm de ser enviados para a coleta convencional ou compostagem. Já os rejeitos (papel higiênico, lenços de papel, fraldas, caixas de papel e papelão sujas) devem ser encaminhados à coleta convencional. Onde há contêiner, o lixo seco deve ser colocado ao lado, em um saco separado.

Em lugares onde não há coleta solidária, os moradores podem fazer o descarte dos resíduos no Ponto de Entrega Voluntária (PEV), a Rua Venâncio Aires, 1.415, no Centro. O horário é de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 12 horas e das 13 horas às 17h18. Informações pelo WhatsApp 99524 7693.

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