Contratação de safreiros será agilizada neste ano

A contratação de safreiros para atuar na manufatura do tabaco em 2022 deve ter crescimento entre 8% e 10%, no comparativo com 2021. A expectativa é de que se aproxime de 9,5 mil trabalhadores, com antecipação do ápice de contratação e consequente redução do tempo de duração do vínculo empregatício.

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e Alimentação de Santa Cruz do Sul e Região (Stifa), Gualter Baptista Júnior, explica que o fim da retenção do tabaco nas propriedades está relacionado ao adiantamento na abertura de vagas. “A demora para a definição de valores do tabaco, durante as negociações entre empresas e entidades, fez com que ficasse retido com o produtor. Agora deve chegar em grande quantidade nas fumageiras, exigindo muita mão de obra”, explica. Acredita que abril deva ser o mês mais expressivo, diferentemente dos demais anos, que registravam maio com força total.

Baptista Júnior projeta mais contratos

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Sobre a ampliação no número de contratos, Baptista Júnior diz tratar-se de uma resposta do mercado, em relação ao último ano. Parte do período de oferta de vagas foi durante um dos intensos ciclos de casos de Covid-19. Isso fez com que as empresas minimizassem o número de funcionários para atenderem às normativas sanitárias. “Em 2022, com os trabalhadores vacinados e a agilização da safra, tende a melhorar”, afirma.

“Estamos estimando que haja esta quantidade de novos contratos (até 9,5 mil), em uma safra que deverá ser um pouco mais curta. Teremos um volume mais reduzido de tempo e uma alta demanda de processamento. Isso faz com que ocorra uma aceleração nas contrações, mas com uma redução no período de safra”, resume. O rendimento médio, diz Baptista, varia entre R$ 1,2 mil e R$ 1,7 mil, de acordo com o tamanho da fumageira.

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Guerra

O conflito armado no Leste Europeu também causa impactos no setor fumageiro. O primeiro é a alta nos preços dos insumos, o que faz pressão sobre os produtores e as fábricas. Isso retarda a entrega e todo o processo.

A outra questão, que vem ganhando proporções maiores desde o início da pandemia e se agrava agora, é a logística. “Falta contêiner. Esse é um produto escasso, então haverá dificuldade para escoar a produção”, diz Baptista Júnior.

Mesmo com essas dificuldades, o aumento de contratações, em especial com mais agilidade, deve fazer com que se busque pessoas para trabalhar também em municípios vizinhos. “O ingresso terá de ser bem rápido, então, a tendência é procurar por profissionais em outros locais. Em condições normais, Santa Cruz dá conta de atender à necessidade das fumageiras”, ressalta.

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Um ponto positivo é a forma de vinculação dessas pessoas, possibilitada pela última Reforma Trabalhista, em que o trabalho por temporada permite a recontratação em espaço menor de tempo. “Com a flexibilização, eles podem voltar mais rápido para a empresa.”

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