A contratação de safreiros em Santa Cruz do Sul aumentou em 56,7% na comparação com o ano passado. Apesar de não alcançar os números registrados em anos como 2009 e 2010, quando as fumageiras instaladas no município chegaram a receber entre 10 e 12 mil trabalhadores, o cenário de 2017 é considerado satisfatório pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias do Fumo e da Alimentação (Stifa). Enquanto em 2016 apenas 3.687 pessoas foram empregadas, este ano 5.780 contratações temporárias chegaram a ser formalizadas. O montante corresponde às expectativas do Stifa que foram divulgadas pela Gazeta do Sul ainda em janeiro.
Conforme o presidente do Stifa, Sérgio Pacheco, se forem incluídos os efetivos na área do tabaco, o índice fica ainda mais expressivo. São 2.116 admissões a mais. “No ano passado tivemos uma safra atípica, com uma média de 30% menos contratações. Por isso, já comemoramos esse crescimento”, explica. Em 2017 aumentou também o tempo de serviço por temporada.
A expectativa é de que as dispensas ou as reduções gradativas de carga horária tenham início em agosto. “Esperamos que os safreiros permaneçam mais tempo trabalhando e que a temporada dure de seis a sete meses”, complementa Pacheco. Neste ano, os trabalhadores foram chamados mais tarde, entre fevereiro e março. Em Venâncio Aires, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Fumo, Alimentação e afins (Stifumo), Ricardo Sehn, as admissões temporárias devem fechar em 4,5 mil.
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R$ 6,1 milhões
De acordo com o Stifa, os salários dos safreiros costumam variar entre R$ 1.069,00 (para iniciantes) e R$ 1,6 mil, mais vale-transporte e vale-alimentação. Algumas empresas ainda oferecem benefícios como prêmio atividade (com abono entre R$ 80,00 e R$ 200,00) e Programa de Participação nos Resultados (PPR). Isso significa que somente no período de safra, pelo menos R$ 6.178.820,00 mensais são injetados na economia do município.
São R$ 2.237.417,00 a mais que o movimentado em 2016, quando a redução no número de contratações alcançou 30%. “Com certeza o cenário melhorou muito. Mas também preciso ressaltar que é fundamental que as fumageiras paguem um valor justo pelo tabaco, para manter a produtividade dos trabalhadores”, diz Sérgio Pacheco.
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