Na semana passada, lembramos um pouco da história da clínica ou sanatório Vida Nova, de Santa Cruz. Ela foi fundada em 15 de novembro de 1889 pelo jovem médico alemão Carl Hermann Eduard Kämpf.
Kämpf (que passou a ser chamado de Eduardo Kaempf) era naturalista e atuava com hidroterapia, incluindo banhos de lama medicinal, banhos a vapor (sauna) e outros. Às 7 horas, todos levantavam para uma caminhada, descalços, na grama molhada de orvalho.
Publicidade da clínica, por volta da 1900
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O pátio estava sempre impecável, com belos jardins. O leite, manteiga, legumes, verduras, frutas e carne consumidos pelos pacientes eram produzidos na chácara, de 45 hectares. O local tinha moinho de farinha e usina para geração de energia.
A clínica (a estrutura física ainda existe) ficava na saída para Rio Pardinho e Sinimbu, em uma área montanhosa. No meio do mato, existiam trilhas para caminhadas e locais para banhos de arroio e repouso.
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No alto do morro, um mirante oferecia visão de toda a região, até o Cerro Partido em Encruzilhada do Sul. No retorno das caminhadas, ocorriam sessões de massoterapia. Havia horários para esportes e sala de terapia ocupacional. O sucesso foi tanto que a clínica passou por várias ampliações, as primeiras em 1905 e 1910. A fama do naturalista espalhou-se pelo Estado. Com sua morte, em 1918, o filho Arthur Walter Kaempf, que também era médico, assumiu a direção, seguindo a mesma linha do pai. O outro filho, Arno Kaempf, ficou com a parte comercial.
Em 1930 e 1937 houve novas ampliações. O local era um “spa”, onde se podia passar alguns dias para repor as forças. Pessoas de posses hospedavam-se apenas para se recuperarem do estresse ou da depressão. Tísicos recebiam atendimento especial. Os Kaempf ainda criaram o Recreio Vila Alegre, espaço onde a comunidade podia desfrutar das belezas da área verde do hospital.
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