Uma nova voz uruguaia tem se transformado em sensação no Rio Grande do Sul, entre os apreciadores da música nativista. Nascida na beira do Rio Uruguai, em Paysandú, Catherine Vergnes é conhecida como o “sorriso do folclore”, em referência à energia e à motivação que transbordam do palco em suas apresentações. O clipe com uma releitura de El Bocal, parceria de Rogério Ávila, Juliano Gomes e Leonel Gomez, foi a oportunidade para a jovem tornar-se conhecida no Sul do Brasil.
Aos 25 anos, Catherine é psicóloga de profissão e cantautora de raiz folclórica por vocação. Em 2019, foi revelação do importante festival Fiesta de la Patria Gaucha, realizado anualmente em Tacuarembó. No ano passado, recebeu o prêmio “Musa del Hum”, por ter sido a artista mais popular do Festival de San Gregorio, às margens do Río Negro, na divisa dos departamentos de Tacuarembó e Durazno.
Segundo Catherine, a mãe percebeu que ela tinha talento para a música e a colocou para estudar violão aos 7 anos. Desde cedo, começou a realizar apresentações e foi apoiada pela comunidade até iniciar uma carreira, sempre em paralelo com a formação escolar e acadêmica. As principais influências musicais foram o grupo Los Olimareños, formado por Pepe Guerra e Bráulio López, além de Aníbal Sampayo, cantautor conterrâneo de Catherine. Com a evolução de sua musicalidade, passou a descobrir novas possibilidades. “A música nativista do Rio Grande do Sul é a minha segunda grande influência, pelas letras gauchescas e ritmos folclóricos que muito têm a ver com o meu país”, afirma.
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Com um pai apicultor e uma mãe professora, Catherine ainda contou com avôs veterinários e agricultores. Com isso, teve contato muito próximo com o campo, além de ser apaixonada pela natureza e admiradora das atividades tradicionais do meio rural.
A relação de Catherine com a música nativista tornou-se próxima nos últimos anos. Ela passou a conhecer algumas canções por intermédio de amigos, como o dueto Los Zorzales, formado por Gonzalo Borgi e Joaquin Barreto. “Gosto de investigar sobre a música tradicional latino-americana, de cruzar a fronteira para conhecer outras coisas. Tive a oportunidade de realizar trabalhos com músicos nativistas, como o Cléber Brito e o grupo Quarteto Coração de Potro”, detalha. Ela já esteve no Brasil para apresentações da Semana Farroupilha em Caçapava do Sul, Soledade e Santa Vitória do Palmar. Ainda em 2019, esteve na Europa em uma turnê com o ballet Tierra Adentro.
Para ela, o público brasileiro é mais aberto a receber a música uruguaia do que o contrário. “Há muito por fazer para isso mudar. A conexão que temos dos artistas uruguaios com os do Rio Grande do Sul é belíssima”, comenta. Durante a pandemia, Catherine buscou intensificar a divulgação nas redes sociais e lançou um álbum intitulado Soy Campera. “Vivemos a expectativa de retornar aos shows presenciais, o mais rápido possível. A situação da pandemia é dura, mas vai passar”, frisa.
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Onde encontrar
SITE catherinevergnes.com
INSTAGRAM instagram.com/cathevergnes
FACEBOOK facebook.com/Cathefolk
YOUTUBE Catherine Vergnes
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