O advogado e escritor santa-cruzense Roni Ferreira Nunes, 52 anos, membro fundador da Academia de Letras de Santa Cruz do Sul, com três livros publicados, nos entrega uma grande lição de sabedoria nestes tempos difíceis: com a literatura ao nosso favor, fica tudo muito mais fácil. Tanto para quem produz, como para quem consome.
Foi lá pelo início do isolamento forçado que acomete todo o mundo que ele começou a pensar no projeto Contos da Quarentena – influenciado também pelo livro A Peste, do francês Albert Camus –, colocado em prática a partir do dia 20 de março com o conto A Quarentona na Quarentena.
A ideia consiste do seguinte: em sua página no Facebook, a partir de um parágrafo criado por ele ou por um escritor convidado, Roni deixa todos bem à vontade para participarem mandando também os seus parágrafos subsequentes – desde que, claro, mantenha coerência com o começo da história e não ofenda ninguém. E que seja um texto autoral, do próprio punho, enfim.
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Em uma semana foram criados sete contos em conjunto, um para cada dia, sempre com uma história diferente, de amor, terror, suspense, policial… Pede-se também que seja tudo ficção, nada baseado em fatos reais.
“Já no primeiro dia bombou”, disse Roni a partir de sua residência, em conversa pelo celular. “E gosto de dizer que é aberto para todos, mesmo àqueles que nunca publicaram nada.” Segundo ele, até o momento desta entrevista, 22 pessoas já haviam participado, em um ou mais contos, de donas de casa até professores universitários. “A qualidade dos textos, de um modo geral, é boa e têm me surpreendido bastante. E a dedicação também é uma surpresa.”
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Tanto que Roni já sonha até com uma publicação real no mundo físico quando a quarentena passar e chegar no quadragésimo conto. “Duas pessoas já me agradeceram dizendo que por causa deste projeto elas voltaram a escrever. Bah, só isto, para mim, já valeu muito a pena.”
Para saber mais e participar acesse a página do Roni no Facebook ou entre em contato com ele pelo fone/whats 51.99835.6856. “Assim como nós, em casa, o amor também fica guardado em nossos corações. Escrever é libertar.”
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