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BANDEIRA PRETA

Helena solicita ao Estado flexibilização de regras para restaurantes

Foto: Rafaelly Machado

A Prefeita de Santa Cruz, Helena Hermany, manifestou nessa sexta-feira, 26, seu apoio aos restaurantes e bares que operam no turno da noite. Ela encaminhou um ofício ao governador Eduardo Leite, solicitando a flexibilização das regras e a possibilidade de que esses estabelecimentos funcionem entre as 18 horas e as 22 horas também na bandeira preta. O documento argumenta que esses empreendimentos sempre respeitaram os protocolos sanitários.

A Associação de Bares, Restaurantes e Similares de Santa Cruz do Sul (Abrescs) já havia pedido na quinta-feira o auxílio da Prefeitura para que intercedesse junto ao Estado. Segundo o presidente da Abrescs, Roberto do Nascimento e Silva, o segmento enfrenta seu pior momento desde o início da pandemia, e não dispõe de mais recursos para honrar seus compromissos com funcionários, locadores, fornecedores e tributários. Se as restrições perdurarem, segundo Silva, causarão a falência de diversos estabelecimentos e a demissão de muitas pessoas, o que agravaria a situação econômica do município.


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Em recente entrevista à Gazeta do Sul, Silva afirmou que os bares e restaurantes que oferecem pratos à la carte no turno da noite não conseguem se adaptar para operar durante o dia e por meio de telentrega. Essa mudança, além de exigir produtos diferentes, também requer investimentos, que os proprietários não conseguem mais fazer em função da crise financeira enfrentada pelo setor.

Por enquanto, nada muda

Em razão dos baixos estoques de medicamentos para intubação de pacientes e da alta taxa de ocupação de leitos por Covid-19, o Gabinete de Crise, em reunião nessa sexta-feira, negou os pedidos para reduzir os níveis de restrição vigentes no Rio Grande do Sul. Dessa forma, o governo decidiu manter a suspensão de atividades não essenciais entre 20 e 5 horas e nos finais de semana até 4 de abril.

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De acordo com o governador Eduardo Leite, o cenário epidemiológico que o Estado enfrenta ainda é de risco altíssimo, com ocupação de UTIs acima dos 100%. Esse fato acionou a salvaguarda e manteve, pela quinta semana consecutiva, todas as regiões gaúchas em bandeira preta.


“Estamos numa situação em que observamos a redução da ocupação de leitos clínicos, já de uma forma bastante consistente, mas ainda não conseguimos observar redução na ocupação de leitos de UTI. Parou de crescer, mas ainda não caiu a ocupação. Vários estados, como Minas Gerais, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina, estão observando esse crescimento. A situação no Rio Grande do Sul se estabilizou, mas há uma preocupação com medicamentos essenciais para intubação, que estão em falta em todo o País, com dificuldade de produção e distribuição”, afirmou o governador.

Nos últimos dias, o Gabinete de Crise recebeu de prefeitos e entidades setoriais pedidos para a ampliação do horário de funcionamento de restaurantes, estabelecimentos comerciais, serviços em geral e estabelecimentos de atividades físicas, tanto nos dias de semana quanto no sábado, domingo e feriados.

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