Trechos prioritários, acostamentos, qualidade do asfalto e das instalações das duas praças de pedágio são alguns bens da RSC-287 que estão sendo vistoriados pelo Grupo Sacyr. A empresa da Espanha, a quarta maior no mundo em operação de rodovias, mapeia as condições dos 204,5 quilômetros arrematados durante leilão em dezembro do ano passado, para então assumir a estrada. O trabalho é realizado em conjunto com a estruturação do consórcio.
O secretário extraordinário de Parcerias do Estado, Leonardo Busatto, diz que a nova empresa precisa entrar em operação no dia 16 de junho – data-limite, segundo o edital, para que o grupo vencedor assuma a RSC-287. “Após essa assinatura, há um prazo de mais 30 dias para que o novo grupo seja de fato o responsável pela administração da rodovia”, detalha.
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Até lá, uma série de documentos e procedimentos administrativos deverá ser concluída. “Uma das ações realizadas agora é a criação do inventário da 287. A empresa está verificando todos os trechos, a qualidade das instalações dos pedágios, para que, assim que assumir, saiba como iniciar a operação.”
Dentro daquilo que já está pronto, foi definido o nome que o consórcio escolheu para a empresa. A operação se chamará “Rota de Santa Maria”, em homenagem ao trecho final da concessão, que começa em Tabaí e segue até o Bairro Camobi, na entrada de Santa Maria. “Eles ainda precisam criar a empresa de fim específico, que servirá apenas para a prestação desse serviço. Junto com ela, o grupo precisa apresentar as garantias financeiras para começar a atuar na rodovia.”
O grupo Sacyr atua em vários países. No entanto, no Brasil, a empresa está debutando nessa área. A Sacyr participa do metrô de São Paulo, mas na área de rodovias, esse será o primeiro investimento em território brasileiro. “Eles estavam muito interessados nesta concessão. Prova disso foi a oferta feita, reduzindo o valor do teto do pedágio em 54%, o que surpreendeu o governo do Estado”, comentou Busatto.
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Sede da empresa deve ficar em Santa Cruz ou Santa Maria
O secretário extraordinário de Parcerias explica que mantém encontros semanais com a direção da empresa. Nesses contatos, ele acompanha as negociações que os executivos têm feito no Estado.
Busatto afirma que a intenção do grupo é instalar uma sede administrativa no Rio Grande do Sul, e a preferência seria por Santa Cruz do Sul ou Santa Maria, ficando mais perto do trecho concedido. “Eles visitaram pelo menos três imóveis, um deles em Porto Alegre. Porém, a intenção dos executivos é ficar no interior do Estado.”
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Além de criar a infraestrutura, a Rota de Santa Maria já está em processo de contratação de mão de obra. Segundo Leonardo Busatto, ainda não foi definido se a operação será semelhante à que a Empresa Gaúcha de Rodovias (EGR) tem hoje – com a terceirização de mão de obra – ou por meio de contratação direta. “Eles podem, inclusive, contratar os próprios funcionários que prestam serviço para a EGR hoje.”
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EGR de saída
Com o sucesso da concessão da RSC-287, o governo do Estado quer delegar à iniciativa privada todos as estradas hoje concedidas à EGR. “Até o fim deste ano queremos lançar os editais e realizar leilões. Com isso, até o fim do próximo ano não haverá mais nenhuma estrada sob a gestão da EGR.”
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Na 287, a atuação da empresa pública ocorrerá até o dia em que a Sacyr entrar em operação. Segundo o titular de Parcerias, até essa data a EGR precisa fazer a manutenção e obras de melhoria na pista, como as que a empresa tem executado nos últimos meses entre Santa Cruz do Sul e Venâncio Aires.
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