A retomada das aulas presenciais nas escolas estaduais de Santa Cruz do Sul segue sem ter uma data definida. A partir desta quarta-feira, 21, o Estado já permite a reabertura das instituições para os alunos do Ensino Médio. Entretanto, os equipamentos de proteção individual (EPIs) ainda não foram entregues. Diante dessa situação, a orientação da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (6ª CRE) é para que as escolas aguardem a chegada dos EPIs, o que deve ocorrer de forma gradual e, com isso, as datas podem variar entre as escolas.

Conforme o responsável pela 6ª CRE, Luiz Ricardo Pinho de Moura, são vários critérios a serem preenchidos para que o retorno seja possível. Todas as escolas já possuem um Centro de Operações de Emergência em Saúde para a Educação (COE-E) formado, bem como o plano de contingência validado. Do ponto de vista técnico todas elas estão aptas a receber os alunos nesta quarta-feira, o que não deve ocorrer somente pela ausência dos EPIs, que incluem máscaras, luvas e termômetros, assim como materiais de higienização das mãos e dos ambientes.

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Moura salienta que esse atraso se deve ao fato de a licitação para distribuição desses equipamentos ter sido vencida por diferentes empresas. Com isso, a logística entre elas também é variável. Em Vera Cruz algumas escolas já estão recebendo as entregas, assim como em algumas cidades do Vale do Taquari. “Eu acredito que nos próximos dias os municípios daqui, abrangidos pela 6ª CRE, também recebam”, afirma. Segundo ele, a orientação é para que não haja pressa na retomada das aulas, que deve ocorrer gradualmente a partir de hoje, conforme o recebimento dos materiais.

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No Vale do Rio Pardo existe ainda uma outra questão. Conforme Moura, nos municípios de Boqueirão do Leão, Encruzilhada do Sul, Gramado Xavier, Lagoa Bonita do Sul, Passa Sete, Passo do Sobrado, Sinimbu, Sobradinho e Vale Verde, o decreto das prefeituras não permite a retomada do ensino presencial no âmbito da rede pública. “Se o prefeito não definiu se é na rede pública municipal ou estadual, entende-se que é em nível de território e não pode haver esse retorno”, sublinha.

O número de alunos que deve retornar é reduzido. Conforme as pesquisas que foram realizadas junto às famílias, de 2.781 estudantes matriculados, a previsão é de que somente 450 deles voltem às salas de aula, o que representa cerca de 16% do total.

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