Uma das principais preocupações dos gestores municipais diante da pandemia do novo coronavírus, a volta às aulas presenciais foi tema de assembleia da Associação dos Municípios do Vale do Rio Pardo (Amvarp) na manhã desta quarta-feira, 24. Realizada por videoconferência, a reunião envolveu os gestores de 16 municípios associados – Boqueirão do Leão, Candelária, Encruzilhada do Sul, General Câmara, Gramado Xavier, Herveiras, Mato Leitão, Pantano Grande, Passo do Sobrado, Rio Pardo, Santa Cruz do Sul, Sinimbu, Vale do Sol, Vale Verde, Venâncio Aires e Vera Cruz.
Foram apresentadas algumas das ações que os secretários de Educação têm realizado e foram discutidas as dúvidas que têm surgido, diante dos protocolos a serem estabelecidos para início das aulas presenciais. A prefeita de Sinimbu, Sandra Backes, ressaltou as ações pedagógicas à distância que vêm sendo realizadas no município. “Precisamos agradecer os professores, diretores e funcionários que estão se empenhando nesse momento difícil. O que nos preocupa serão as dificuldades que teremos para retornar às aulas presenciais com o distanciamento a ser feito, sobretudo das crianças”, afirmou.
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Na mesma linha, a secretária de Educação de Santa Cruz do Sul, Juliana Bach, salientou a preocupação sobre as condições que serão impostas para que as escolas definam o distanciamento entre os estudantes. “Uma das dúvidas que temos é como será realizado o escalonamento dos alunos, uma vez que cada sala deverá comportar uma quantidade mínima de pessoas”, comentou.
Dentre as novidades divulgadas pelos municípios, o secretário de Educação de Rio Pardo, Fernando Haas, revelou que uma plataforma online deve ser lançada pela administração nos próximos dias para os cerca de 300 profissionais da rede municipal de Educação. “Essa metodologia híbrida irá contemplar nossos funcionários para lidar de uma forma mais ampla diante de uma situação como essa.”
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O prefeito de Candelária e presidente da Amvarp, Paulo Butzge, ressaltou a importância da discussão de ideias entre os administradores municipais. “Esse assunto é algo que nos preocupa, pois buscamos minimizar os impactos da falta das aulas presenciais e achar alternativas e soluções para os municípios, dentro de suas peculiaridades e de um calendário que precisa ser cumprido”, comentou. Butzge ainda sugeriu que os secretários de Educação passem a realizar reuniões periódicas para trocar informações e discutir dúvidas e soluções de cada município.
Complementando, o prefeito Cássio Nunes, de Pantano Grande, sugeriu que também fosse realizado um encontro on-line com o coordenador da 6ª Coordenadoria Regional de Educação (CRE), Luiz Ricardo Pinho de Moura, e com a coordenadora da 13ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Mariluci Reis, para tratar de ações que possam ser realizadas em conjunto.
Manter protocolos para evitar a bandeira vermelha
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Outro assunto em pauta foi a recente troca de bandeiras na região, passando da amarela para laranja, dentro do modelo de distanciamento controlado do Estado. O presidente da Amvarp, Paulo Butzge, citou as recentes aglomerações de pessoas na rua, sobretudo à noite, ou mesmo as exigências de clubes e restaurantes por medidas menos restritivas e salientou a importância de manter os protocolos de segurança para que não haja uma piora nos índices levados em consideração pelo Estado para o modelo controlado.
“Hoje, há uma falsa sensação de normalidade. Não podemos achar que estamos vivendo um momento normal. Precisamos estar atentos para não cairmos em critérios que possam nos levar à bandeira vermelha, o que levaria os gestores a tomar ações trágicas para todos os setores”, opinou Butzge.
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